São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

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Banco Central não vê manipulação da taxa de câmbio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Banco Central analisou todas as operações do mercado de câmbio da última terça-feira, quando o dólar fechou com o valor recorde de R$ 3,78, e não encontrou nenhuma operação "esquisita", que pudesse sinalizar manipulação.
O trabalho de checagem das operações é uma rotina, sempre realizado pelos departamentos de câmbio e fiscalização. Fica mais rigoroso quando o mercado passa por um dia de alta volatilidade, como aconteceu na terça-feira.
Ontem, economistas e políticos de oposição defenderam que o BC deveria determinar uma fiscalização no mercado para apurar se ocorreu manipulação no mercado nos últimos dias.
Segundo a Folha apurou, na terça-feira, quando o dólar fechou com alta recorde, a intervenção do BC foi "substancial", acima do que o banco normalmente vende no mercado para conter altas da moeda americana -cerca de US$ 50 milhões.
O BC não pretende, porém, despejar dólares no mercado para segurar a cotação da moeda dos EUA. A expectativa é que, logo após a eleição, o valor do dólar recue e se estabilize.
A avaliação do banco é que o câmbio está pressionado por fatores internos e externos. Num ambiente como esse, a ordem é ter sangue frio e aguardar o clima melhorar, a exemplo do que aconteceu em 99. Na ocasião, após a mudança da política cambial, o dólar disparou, mas a cotação recuou.
Apesar de ter US$ 18 bilhões disponíveis para intervir, o BC estima que gastará US$ 7,7 bilhões até o final do ano. Nesse cenário, as reservas fechariam o ano em US$ 37,7 bilhões.


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