São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa acumula baixa de 6,6% em outubro; agência prevê alta de 26% nos próximos 12 meses

Estrangeiro já tirou R$ 257 mi da Bolsa no mês

DA REPORTAGEM LOCAL

Com perdas de 6,60% acumuladas em outubro, a Bolsa de Valores de São Paulo nem parece ter sido a melhor opção de investimento de setembro, quando subiu 12,62%.
O balanço negativo dos negócios realizados pelo investidores estrangeiros acaba por prejudicar o desempenho do mercado doméstico. O peso dos estrangeiros nos negócios é elevado, ao representar mais de 30% do total. Dessa forma, se vendem muito, acabam prejudicando a Bolsa.
Nos primeiros 20 dias deste mês, os estrangeiros mais venderam que compraram ações no montante de R$ 257,23 milhões.
Ontem, sem notícias internas relevantes e com as Bolsas norte-americanas operando em terreno negativo, a Bovespa não conseguiu emplacar um bom resultado e fechou com baixa de 1,13%.
A ação PN da Eletropaulo foi a que mais caiu no pregão (-5%).
O avanço no preço do barril de petróleo e o recuo no índice de confiança do consumidor norte-americano abafaram o ânimo dos investidores.
Mas, apesar das quedas recentes, há analistas confiantes na valorização da Bolsa doméstica no médio prazo.
A norte-americana Merrill Lynch prevê que o Ibovespa chegue a subir 26% nos próximos 12 meses e bata nos 37.500 pontos. Pedro Martins Júnior, diretor da Merrill Lynch, afirmou, de acordo com a agência de notícias Bloomberg, que a redução da taxa básica de juros e a expectativa de crescimento dos lucros do setor privado devem favorecer e impulsionar a Bolsa.

Juros
Enquanto a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) não é divulgada -o que acontecerá apenas amanhã-, os investidores têm derrubado, aos poucos, as projeções futuras para as taxas de juros. O movimento demonstra que a expectativa é que a taxa básica da economia, a Selic, siga em baixa.
A taxa do contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence na virada do ano recuou no pregão da BM&F de 18,61% para 18,59% anuais. No papel com resgate no fim de 2006, a taxa foi de 17,58% para 17,56% ao ano.
O dólar encerrou as operações com alta de 0,13% diante do real, vendido a R$ 2,264.
(FABRICIO VIEIRA)


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