São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Resultado é pontual, e meta será cumprida, diz Mantega

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo cumprirá a meta de superávit fiscal neste ano. O resultado de setembro, disse ontem o ministro Guido Mantega (Fazenda), só reflete um adiantamento de despesas que teriam de ser desembolsadas até o fim do ano.
"Antecipamos uma despesa que seria feita em dezembro -o pagamento do 13º para os aposentados. Apenas deslocamos a despesa de mês. Se você excluir essa despesa, que é o certo, você tem que acrescentar os R$ 5,8 bilhões que foram antecipados. Em compensação, em dezembro você vai ter uma situação mais folgada."
Questionado sobre o fato de que, a despeito de o governo estar cumprindo a meta de superávit, está ocorrendo aumento dos gastos públicos, ele respondeu que a elevação é natural, já que a economia está em expansão. "O Brasil está crescendo, a economia está crescendo, os gastos estão crescendo. Está sendo cumprido o superávit primário que foi prometido. É claro que você sempre tem que melhorar a qualidade do gasto, procurar pontos do governo onde possa ter algum desperdício e possa eliminá-los, fazer melhor as compras governamentais. Tudo isso é um trabalho que tem de ser incessante."
Embora defenda a política fiscal mantida pelo governo, ele afirmou ser favorável a um redutor de gastos a partir de 2007. Redutor, diz, cuja adoção não significaria queda absoluta de gastos ou corte de programas sociais. Mantega diz que, à medida que a economia crescer, os juros caírem e a arrecadação subir, os gastos podem cair em relação ao PIB. Assim, se o governo gasta 17,7% do PIB, a meta seria gastar 17,6%, por exemplo, no ano seguinte.
O ministro disse que o Brasil poder crescer 5% em 2007, quando os juros estarão menores. Para Mantega, os parâmetros que afetam a economia brasileira "nunca foram tão favoráveis". (MARCELO BILLI)


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