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Resultado é pontual, e meta será cumprida, diz Mantega
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo cumprirá a meta
de superávit fiscal neste ano. O
resultado de setembro, disse
ontem o ministro Guido Mantega (Fazenda), só reflete um
adiantamento de despesas que
teriam de ser desembolsadas
até o fim do ano.
"Antecipamos uma despesa
que seria feita em dezembro
-o pagamento do 13º para os
aposentados. Apenas deslocamos a despesa de mês. Se você
excluir essa despesa, que é o
certo, você tem que acrescentar
os R$ 5,8 bilhões que foram antecipados. Em compensação,
em dezembro você vai ter uma
situação mais folgada."
Questionado sobre o fato de
que, a despeito de o governo estar cumprindo a meta de superávit, está ocorrendo aumento
dos gastos públicos, ele respondeu que a elevação é natural, já
que a economia está em expansão. "O Brasil está crescendo, a
economia está crescendo, os
gastos estão crescendo. Está
sendo cumprido o superávit
primário que foi prometido. É
claro que você sempre tem que
melhorar a qualidade do gasto,
procurar pontos do governo
onde possa ter algum desperdício e possa eliminá-los, fazer
melhor as compras governamentais. Tudo isso é um trabalho que tem de ser incessante."
Embora defenda a política
fiscal mantida pelo governo, ele
afirmou ser favorável a um redutor de gastos a partir de
2007. Redutor, diz, cuja adoção
não significaria queda absoluta
de gastos ou corte de programas sociais. Mantega diz que, à
medida que a economia crescer, os juros caírem e a arrecadação subir, os gastos podem
cair em relação ao PIB. Assim,
se o governo gasta 17,7% do
PIB, a meta seria gastar 17,6%,
por exemplo, no ano seguinte.
O ministro disse que o Brasil
poder crescer 5% em 2007,
quando os juros estarão menores. Para Mantega, os parâmetros que afetam a economia
brasileira "nunca foram tão favoráveis".
(MARCELO BILLI)
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