São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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TRABALHO

Desemprego em SP é o mais baixo para setembro desde 96

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo caiu pelo quarto mês consecutivo em setembro. O índice foi de 16% para 15,3% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo pesquisa da Fundação Seade-Dieese divulgada ontem. O rendimento médio subiu 2,2% em agosto.
A taxa de desemprego já havia caído de 16,7% para 16% em agosto e atingiu o menor índice para esse mês desde 1997, quando a taxa ficou em 15,9%. Desta vez, o índice é o menor para o mês de setembro desde 1996, quando a taxa foi de 14,8%.
Em setembro, 107 mil vagas foram criadas, sendo 64 mil ocupadas por desempregados. O contingente de desempregados caiu de 1,609 milhão de pessoas para 1,545 milhão entre agosto e setembro. Na região, há outros 8,5 milhões de ocupados.
A indústria foi a grande responsável pela queda do desemprego, com a geração de 80 mil vagas no mês.
O comércio teve criação de 17 mil postos, e serviços, 15 mil. O chamado "outros setores" -que inclui construção civil e serviços domésticos- ficou estável.
Alexandre Loloian, coordenador da Fundação Seade, disse que o aumento de vagas em setembro, principalmente pela indústria, era esperado, já que o setor reduziu os postos nos últimos meses.
Nos três primeiros meses deste ano, o mercado seguiu uma curva comum para o período, com alta no desemprego, que passou de 15,7% em janeiro para 16,3% em fevereiro e para 16,9% em março.
Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, de acordo com o Dieese, o número de pessoas que passaram a procurar emprego foi bem inferior ao do mesmo mês em anos anteriores.
Em maio, a estabilidade em 17% também foi motivada pela queda na procura e, em junho, a taxa caiu para 16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%. Em agosto, caiu para 16%.
A renda média do trabalhador ocupado subiu 2,2% em agosto sobre julho, passando de R$ 1.122 para R$ 1.147. O dado de renda tem um mês de defasagem em relação ao do emprego. Foi o quarto mês no ano em que a renda não registrou queda. Para o Seade/Dieese, a recuperação da renda pode ter impacto positivo na economia no final do ano.


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