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TRABALHO
Desemprego em SP é o mais baixo para setembro desde 96
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE
A taxa de desemprego da
região metropolitana de São
Paulo caiu pelo quarto mês
consecutivo em setembro. O
índice foi de 16% para 15,3%
da PEA (População Economicamente Ativa), segundo
pesquisa da Fundação Seade-Dieese divulgada ontem.
O rendimento médio subiu
2,2% em agosto.
A taxa de desemprego já
havia caído de 16,7% para
16% em agosto e atingiu o
menor índice para esse mês
desde 1997, quando a taxa ficou em 15,9%. Desta vez, o
índice é o menor para o mês
de setembro desde 1996,
quando a taxa foi de 14,8%.
Em setembro, 107 mil vagas foram criadas, sendo 64
mil ocupadas por desempregados. O contingente de desempregados caiu de 1,609
milhão de pessoas para 1,545
milhão entre agosto e setembro. Na região, há outros 8,5
milhões de ocupados.
A indústria foi a grande
responsável pela queda do
desemprego, com a geração
de 80 mil vagas no mês.
O comércio teve criação de
17 mil postos, e serviços, 15
mil. O chamado "outros setores" -que inclui construção
civil e serviços domésticos-
ficou estável.
Alexandre Loloian, coordenador da Fundação Seade,
disse que o aumento de vagas
em setembro, principalmente pela indústria, era esperado, já que o setor reduziu os
postos nos últimos meses.
Nos três primeiros meses
deste ano, o mercado seguiu
uma curva comum para o período, com alta no desemprego, que passou de 15,7% em
janeiro para 16,3% em fevereiro e para 16,9% em março.
Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, de
acordo com o Dieese, o número de pessoas que passaram a procurar emprego foi
bem inferior ao do mesmo
mês em anos anteriores.
Em maio, a estabilidade
em 17% também foi motivada pela queda na procura e,
em junho, a taxa caiu para
16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%.
Em agosto, caiu para 16%.
A renda média do trabalhador ocupado subiu 2,2%
em agosto sobre julho, passando de R$ 1.122 para R$
1.147. O dado de renda tem
um mês de defasagem em relação ao do emprego. Foi o
quarto mês no ano em que a
renda não registrou queda.
Para o Seade/Dieese, a recuperação da renda pode ter
impacto positivo na economia no final do ano.
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