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Volume de crédito aumenta 13,5%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mês passado, os bancos cobravam juros de 147,4% ao ano no
cheque especial. Trata-se da taxa
mais baixa praticada nessa modalidade de crédito desde junho de
2001, embora ainda seja classificada de "elevadíssima" pelo chefe
do Departamento Econômico do
Banco Central, Altamir Lopes.
Em outubro, os juros praticados
nos financiamentos concedidos a
pessoas físicas ficaram em 69,4%
ao ano, também os mais baixos
desde junho de 2001. Segundo Lopes, a queda nas taxas é consequência de promoções que o varejo tem feito para aumentar as
vendas pelo crediário.
Os juros dos financiamentos
para a compra de veículos, por
exemplo, recuaram de 53,9% ao
ano em janeiro para 37,3% no
mês passado. O volume de crédito
concedido nessa modalidade, por
sua vez, aumentou 6,6% no período. O resultado também foi influenciado pela redução temporária do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide
sobre os automóveis.
"Essa expansão do crédito é um
sinal da retomada do crescimento
da economia", afirmou Lopes. Se
considerados todos os empréstimos concedidos pelos bancos a
pessoas físicas, o volume de crédito chegou a R$ 86,4 bilhões, crescimento de 1,9% sobre setembro.
Na comparação com dezembro
de 2002, o aumento foi de 13,5%.
Lopes afirmou que, por causa
das compras de fim de ano, a procura pelo crediário deve aumentar nas próximas semanas. Parte
do crescimento do crédito observado em outubro, segundo ele, já
reflete esse movimento.
Empresas
Entre as empresas, os juros cobrados ficaram em 32,5% ao ano
no mês passado. O total de financiamentos concedidos somou R$
131,9 bilhões, valor 3,2% menor
do que o registrado no final de
2002. Essa redução foi causada
pela queda do dólar ocorrida no
período. Como um terço desses
créditos é corrigido pelo câmbio,
a valorização do real acaba por reduzir o saldo dos empréstimos.
Os financiamentos usados pelo
setor produtivo na aquisição de
bens -que servem tanto para a
compra de máquinas quanto de
matérias-primas- somaram R$
4,3 bilhões em outubro, alta de
5% sobre o valor de setembro. Os
empréstimos concedidos por
meio do desconto de duplicatas,
um termômetro das vendas a prazo feitas pelas empresas, também
aumentaram. Os créditos cresceram 2,9%, para R$ 7,1 bilhões.
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