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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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Volume de crédito aumenta 13,5%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No mês passado, os bancos cobravam juros de 147,4% ao ano no cheque especial. Trata-se da taxa mais baixa praticada nessa modalidade de crédito desde junho de 2001, embora ainda seja classificada de "elevadíssima" pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Em outubro, os juros praticados nos financiamentos concedidos a pessoas físicas ficaram em 69,4% ao ano, também os mais baixos desde junho de 2001. Segundo Lopes, a queda nas taxas é consequência de promoções que o varejo tem feito para aumentar as vendas pelo crediário.
Os juros dos financiamentos para a compra de veículos, por exemplo, recuaram de 53,9% ao ano em janeiro para 37,3% no mês passado. O volume de crédito concedido nessa modalidade, por sua vez, aumentou 6,6% no período. O resultado também foi influenciado pela redução temporária do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre os automóveis.
"Essa expansão do crédito é um sinal da retomada do crescimento da economia", afirmou Lopes. Se considerados todos os empréstimos concedidos pelos bancos a pessoas físicas, o volume de crédito chegou a R$ 86,4 bilhões, crescimento de 1,9% sobre setembro. Na comparação com dezembro de 2002, o aumento foi de 13,5%.
Lopes afirmou que, por causa das compras de fim de ano, a procura pelo crediário deve aumentar nas próximas semanas. Parte do crescimento do crédito observado em outubro, segundo ele, já reflete esse movimento.

Empresas
Entre as empresas, os juros cobrados ficaram em 32,5% ao ano no mês passado. O total de financiamentos concedidos somou R$ 131,9 bilhões, valor 3,2% menor do que o registrado no final de 2002. Essa redução foi causada pela queda do dólar ocorrida no período. Como um terço desses créditos é corrigido pelo câmbio, a valorização do real acaba por reduzir o saldo dos empréstimos.
Os financiamentos usados pelo setor produtivo na aquisição de bens -que servem tanto para a compra de máquinas quanto de matérias-primas- somaram R$ 4,3 bilhões em outubro, alta de 5% sobre o valor de setembro. Os empréstimos concedidos por meio do desconto de duplicatas, um termômetro das vendas a prazo feitas pelas empresas, também aumentaram. Os créditos cresceram 2,9%, para R$ 7,1 bilhões.


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