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Crédito deverá
puxar as vendas
para o Natal
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
As vendas para o Natal de
2003 serão puxadas pelo crediário, ao contrário do ano passado, quando o consumidor
desistiu de comprar a prazo
por causa das altas taxas de juros -a Selic estava em 25% em
dezembro de 2002.
A redução dos juros (a taxa
básica está em 17%) e o alongamento dos prazos de financiamento vão impulsionar o consumo neste final de ano. "O fôlego deste Natal será dado pelo
crédito, já que a renda do consumidor caiu", diz Emílio Alfieri, economista da Associação
Comercial de São Paulo.
O banco Cacique, que administra o crediário de cerca de
3.000 lojas no país, informa que
a procura por crédito começou
a subir em outubro, quando o
financiamento ao consumidor
aumentou 3,8% sobre igual
mês do ano passado. Neste
mês, a alta já chega a 10% em
relação a novembro de 2002.
Wanderley Vettore, diretor
do banco, diz que o consumidor voltou a procurar o financiamento depois que a taxa média de juros caiu de 7,5% ao
mês, no ano passado, para 6%
neste ano, para compra de eletrodomésticos, móveis e materiais de construção. "Com juros em queda, o crédito vai sustentar a economia em 2004."
A Servloj, que administra o
crediário de cerca de 600 lojas,
informa que, em outubro, as
vendas a prazo subiram 5% em
relação a igual mês de 2002. "A
procura por financiamento
continua forte", diz o diretor
Oswaldo de Freitas Queiroz.
A ACSP informa que, neste
mês, as consultas ao SPC, indicador das vendas a prazo, subiram 4,5% sobre igual período
de 2002. As consultas ao Usecheque, termômetro das vendas à vista, estão no mesmo ritmo das do ano passado.
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