UOL


São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crédito deverá puxar as vendas para o Natal

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas para o Natal de 2003 serão puxadas pelo crediário, ao contrário do ano passado, quando o consumidor desistiu de comprar a prazo por causa das altas taxas de juros -a Selic estava em 25% em dezembro de 2002.
A redução dos juros (a taxa básica está em 17%) e o alongamento dos prazos de financiamento vão impulsionar o consumo neste final de ano. "O fôlego deste Natal será dado pelo crédito, já que a renda do consumidor caiu", diz Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo.
O banco Cacique, que administra o crediário de cerca de 3.000 lojas no país, informa que a procura por crédito começou a subir em outubro, quando o financiamento ao consumidor aumentou 3,8% sobre igual mês do ano passado. Neste mês, a alta já chega a 10% em relação a novembro de 2002.
Wanderley Vettore, diretor do banco, diz que o consumidor voltou a procurar o financiamento depois que a taxa média de juros caiu de 7,5% ao mês, no ano passado, para 6% neste ano, para compra de eletrodomésticos, móveis e materiais de construção. "Com juros em queda, o crédito vai sustentar a economia em 2004."
A Servloj, que administra o crediário de cerca de 600 lojas, informa que, em outubro, as vendas a prazo subiram 5% em relação a igual mês de 2002. "A procura por financiamento continua forte", diz o diretor Oswaldo de Freitas Queiroz.
A ACSP informa que, neste mês, as consultas ao SPC, indicador das vendas a prazo, subiram 4,5% sobre igual período de 2002. As consultas ao Usecheque, termômetro das vendas à vista, estão no mesmo ritmo das do ano passado.


Texto Anterior: Aperto: Consumidores "condenam" 2003
Próximo Texto: Tributação: Governo estuda medida para reduzir o IR da classe média
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.