DE BUENOS AIRES

As demissões na construção civil afetaram 68 mil trabalhadores no ano passado. Somente no último trimestre, 30 mil perderam o emprego no setor. Esses números devem aumentar.
A atividade na construção civil despencou 44,2% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação a dezembro, o recuo foi de 13,8%. O resultado de janeiro foi o pior desde quando o Indec (o IBGE argentino) começou a medir a atividade no setor, em 93.
A indústria de construção civil é considerada uma das mais importantes na criação de emprego. Os dados espelham o grave problema do desemprego, que já alcança quase 24% da população economicamente ativa da capital argentina.
O consumo de cimento despenca junto com a piora dos resultados da construção civil. A indústria do produto prevê que fechará este ano com o pior resultado desde 1967.
Com menos emprego e menos dinheiro no bolso, os argentinos diminuíram até os gastos em supermercados. Em janeiro, a queda das vendas foi de 6,4%. Já nos shopping centers o resultado foi muito pior, com queda de 40%.


Texto Anterior: Saqueadores atacam caminhões de comida
Próximo Texto: PIB da América Latina perde fôlego
Índice