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EUA tentam renovar tarifa sobre álcool de cana brasileiro
DE WASHINGTON
Por meio da introdução de
um projeto de lei bipartidário, a
Câmara dos Representantes
(deputados) dos EUA deu um
passo importante nesta semana para renovar por cinco anos
tanto as tarifas impostas ao álcool de cana de açúcar importado do Brasil como os subsídios
ao álcool americano, de milho.
Com o apoio da indústria de
combustíveis renováveis dos
EUA, os deputados Earl Pomeroy (democrata de Dakota do
Norte) e John Shimkus (republicano de Illinois) apresentaram o projeto -que tem 25
coautores- na última quinta.
Com relação aos subsídios, a
lei prorrogaria por cinco anos
dois programas de restituição
de impostos a produtores de álcool de milho comum e manteria por três anos um reembolso
à produção do álcool celulósico.
Os programas oferecem incentivos de US$ 0,45 por galão
(3,7 litros) de álcool para mistura à gasolina; US$ 0,10 por
galão para pequenos produtores; e US$ 1,01 por galão a produtores de álcool celulósico.
Já sobre a tarifa à importação, atualmente em US$ 0,54
por galão, o projeto quer estendê-la por mais cinco anos. Produtores brasileiros tinham a esperança de baixar a tarifa para
US$ 0,45 por galão.
Os subsídios ao álcool misturado à gasolina e a pequenos
produtores expiram em 2010,
assim como a tarifa à importação. Já o subsídio ao álcool celulósico vai até 2012.
Segundo os deputados, se os
programas acabassem, isso
custaria 112 mil empregos na
indústria do álcool.
"Sem a tarifa, contribuintes
americanos vão permitir que
álcool estrangeiro subsidiado
substitua empresas e trabalhadores dos EUA", afirmou Tom
Buis, diretor-executivo do grupo Growth Energy.
"É irônico que o Congresso
permita a entrada de petróleo
de países hostis, mas esteja tentando punir a energia limpa do
Brasil, um antigo aliado democrático", afirmou Joel Velasco,
representante da Unica (União
da Indústria Brasileira de Cana-de-Açúcar) nos EUA.
Os EUA produzem 12 bilhões
de galões de álcool de milho por
ano. O Brasil é o segundo maior
produtor mundial, com 6 bilhões de galões de álcool de cana de açúcar, segundo dados da
Unica. (ANDREA MURTA)
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