São Paulo, sábado, 27 de março de 2010

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Governo favorece com preço menor grande consumidor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os grandes consumidores de energia vêm conseguindo benesses do governo. Recentemente, o governo federal renovou os contratos de grandes consumidores de energia junto à estatal Chesf até 2015, por preços abaixo dos praticados pelo mercado. A medida beneficia Vale, Braskem, além de Dow Química, Gerdau, Caraíba Metais, Novellis e Ferbasa, que possuem fábricas na Bahia.
Sem a renovação dos contratos que venceriam neste ano haveria um reajuste entre R$ 35 e R$ 40 o megawatt-hora. Esse aumento custaria à Chesf de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões a mais por ano. Hoje as empresas pagam cerca de R$ 90 o megawatt-hora, preço considerado abaixo do mercado, cuja média está em R$ 120 o megawatt-hora.
A permissão para renovação foi incluída no Senado na análise da medida provisória 450, relatada pelo senador César Borges (PR-BA). Segundo o blog de Borges, a emenda para a prorrogação do contrato foi aprovada após negociação junto ao Planalto para que a iniciativa não fosse vetada.
Além dessa renovação, o Planalto abriu exceção e permitiu aos autoprodutores (grandes indústrias que têm concessão ou autorização para produzir energia destinada ao seu uso próprio) a participação no leilão de Belo Monte. É a primeira vez no governo Lula que as indústrias consumidoras são autorizadas a participar de consórcios de hidrelétricas.
Parte do que for produzido por Belo Monte poderá ser apropriada pelas empresas para consumo próprio. Isso despertou o interesse de empresas como Vale, Votorantim e Braskem nos consórcios, o que não havia ocorrido na licitação das usinas do rio Madeira, em que empresas de energia e empreiteiras dominaram a disputa.


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