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Governo favorece com preço menor grande consumidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os grandes consumidores de
energia vêm conseguindo benesses do governo. Recentemente, o governo federal renovou os contratos de grandes
consumidores de energia junto
à estatal Chesf até 2015, por
preços abaixo dos praticados
pelo mercado. A medida beneficia Vale, Braskem, além de
Dow Química, Gerdau, Caraíba
Metais, Novellis e Ferbasa, que
possuem fábricas na Bahia.
Sem a renovação dos contratos que venceriam neste ano
haveria um reajuste entre R$
35 e R$ 40 o megawatt-hora.
Esse aumento custaria à Chesf
de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões a mais por ano. Hoje as
empresas pagam cerca de R$
90 o megawatt-hora, preço
considerado abaixo do mercado, cuja média está em R$ 120 o
megawatt-hora.
A permissão para renovação
foi incluída no Senado na análise da medida provisória 450,
relatada pelo senador César
Borges (PR-BA). Segundo o
blog de Borges, a emenda para a
prorrogação do contrato foi
aprovada após negociação junto ao Planalto para que a iniciativa não fosse vetada.
Além dessa renovação, o Planalto abriu exceção e permitiu
aos autoprodutores (grandes
indústrias que têm concessão
ou autorização para produzir
energia destinada ao seu uso
próprio) a participação no leilão de Belo Monte. É a primeira
vez no governo Lula que as indústrias consumidoras são autorizadas a participar de consórcios de hidrelétricas.
Parte do que for produzido
por Belo Monte poderá ser
apropriada pelas empresas para consumo próprio. Isso despertou o interesse de empresas
como Vale, Votorantim e Braskem nos consórcios, o que não
havia ocorrido na licitação das
usinas do rio Madeira, em que
empresas de energia e empreiteiras dominaram a disputa.
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