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Faltam FGTS e jornada de trabalho, afirma sindicalista, que trabalhou desde os 9 anos
Raimundo Paccó/Folha Imagem
![](../images/b2704200701.jpg) |
Elisabeth Vieira, 60, foi empregada doméstica dos 9 aos 58 anos |
DA REPORTAGEM LOCAL
"A maioria é pessoa de idade
e cansada, e a maioria é negra."
É assim que Elizabeth Vieira,
60 anos, secretária do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos no Município de SP, define
os empregados domésticos,
profissão na qual começou
quando tinha 9 anos e da qual
se aposentou há dois.
"As mais jovens não querem
muito ser empregadas. É um
trabalho duro, sem registro,
sem ter direito a nada", afirma.
Segundo ela, as principais
"brigas" do sindicato são pelo
FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço) -não há recolhimento hoje para a categoria- e pela instituição de uma
jornada de trabalho.
Ontem, representantes dos
sindicatos e da Federação das
Trabalhadoras Domésticas estiveram em Brasília para discutir direitos trabalhistas com os
ministérios do Trabalho e Previdência. "As outras categorias
têm direito a FGTS, e nós não
temos. A alegação é que os patrões não podem pagar, mas
eles mudam de carro todo ano,
mudam de apartamento", diz
Ione Santana de Oliveira, 36,
secretária-geral da federação.
Para Margareth Galvão Carbinato, presidente do Sindicato
dos Empregadores Domésticos, medidas para aumentar os
direitos trabalhistas dos domésticos terão como conseqüência menos postos de trabalho. "Quanto mais a categoria for onerada, menos condições os patrões terão de pagar."
Cartilha
Em comemoração pelo Dia
da Empregada Doméstica, a
ONG Instituto FGTS Fácil e o
portal Doméstica Legal estão
distribuindo, desde o último final de semana, 22 mil cartilhas
com os direitos e deveres do
empregador e dos empregados
domésticos.
A cartilha também pode ser
impressa no site www.domesticalegal.com.br.
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