São Paulo, sexta-feira, 27 de abril de 2007

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Rendimento perde fôlego e pára de crescer

DA SUCURSAL DO RIO

Outro dado negativo divulgado ontem pelo IBGE foi a perda de fôlego do rendimento, que ficou estável em R$ 1.109,50 de fevereiro para março. A renda do trabalhador cresceu, porém, 5% ante março de 2006 -nessa comparação, há alta ininterrupta desde julho de 2005.
A partir de março, o IBGE passou a medir também a massa de rendimentos. Ou seja, o bolo de todas as remunerações recebidas pelo conjunto de todos os trabalhadores (salários, férias, retiradas do negócio, bonificações etc.) das seis principais regiões metropolitanas do país.
De janeiro para fevereiro, a massa da renda também ficou estável ante janeiro, embora tenha crescido 7% em relação a fevereiro do ano passado. Subiu, porém, 3,6% em 2004, 5,5% em 2005 e 6,4% em 2006.
A comparação é atrasada em um mês porque considera o rendimento efetivamente recebido pelo trabalhador, que só tem condições de prestar informações sobre o contracheque do mês anterior à pesquisa. No caso da renda, leva-se em conta a habitualmente recebida.
Segundo o IBGE, a soma de todos os rendimentos do conjunto de 20,6 milhões de ocupados ficou em R$ 22,5 bilhões em fevereiro.
Para possibilitar o cálculo da massa, o IBGE passou a atribuir rendimento àquelas pessoas que não o informavam. Eram 2,3% dos pesquisados na média de 2006. A imputação do rendimento é feita por meio da renda de pessoas com o mesmo perfil.
Com a mudança, o nível de renda medido pela Pesquisa Mensal de Emprego subiu de patamar. Em média, o rendimento levantado depois da atribuição da renda a quem não a informou ficou 1,3% maior na média de 2006.
Por categorias, o rendimento médio caiu 1,9% para os empregados com carteira assinada e 5,6% para os sem carteira, de fevereiro para março. Ficou estável (mais 0,1%) no caso dos que trabalham por conta própria. (PS)


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