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Rendimento perde fôlego e pára de crescer
DA SUCURSAL DO RIO
Outro dado negativo divulgado ontem pelo IBGE foi a
perda de fôlego do rendimento, que ficou estável em
R$ 1.109,50 de fevereiro para
março. A renda do trabalhador cresceu, porém, 5% ante
março de 2006 -nessa comparação, há alta ininterrupta
desde julho de 2005.
A partir de março, o IBGE
passou a medir também a
massa de rendimentos. Ou
seja, o bolo de todas as remunerações recebidas pelo conjunto de todos os trabalhadores (salários, férias, retiradas do negócio, bonificações
etc.) das seis principais regiões metropolitanas do país.
De janeiro para fevereiro, a
massa da renda também ficou estável ante janeiro, embora tenha crescido 7% em
relação a fevereiro do ano
passado. Subiu, porém, 3,6%
em 2004, 5,5% em 2005 e
6,4% em 2006.
A comparação é atrasada
em um mês porque considera o rendimento efetivamente recebido pelo trabalhador,
que só tem condições de
prestar informações sobre o
contracheque do mês anterior à pesquisa. No caso da
renda, leva-se em conta a habitualmente recebida.
Segundo o IBGE, a soma
de todos os rendimentos do
conjunto de 20,6 milhões de
ocupados ficou em R$ 22,5
bilhões em fevereiro.
Para possibilitar o cálculo
da massa, o IBGE passou a
atribuir rendimento àquelas
pessoas que não o informavam. Eram 2,3% dos pesquisados na média de 2006. A
imputação do rendimento é
feita por meio da renda de
pessoas com o mesmo perfil.
Com a mudança, o nível de
renda medido pela Pesquisa
Mensal de Emprego subiu de
patamar. Em média, o rendimento levantado depois da
atribuição da renda a quem
não a informou ficou 1,3%
maior na média de 2006.
Por categorias, o rendimento médio caiu 1,9% para
os empregados com carteira
assinada e 5,6% para os sem
carteira, de fevereiro para
março. Ficou estável (mais
0,1%) no caso dos que trabalham por conta própria.
(PS)
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