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MONOPÓLIO
Acusação mantém proposta e argumenta que é a melhor para o setor; Microsoft se manifesta até terça-feira
EUA insistem na cisão da Microsoft em 2
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O governo e 17 dos 19 Estados
norte-americanos que processam
a Microsoft reafirmaram ontem a
proposta de punição à empresa
feita no dia 28 de abril -dividi-la
em duas-, alterando alguns detalhes.
A Microsoft, maior fabricante
mundial de programas para computador, foi considerada culpada
de violar o "Sherman Antitrust
Act", a lei norte-americana de
proteção à concorrência, no dia 3
de abril.
Como proposta de sanção, os
acusadores -com exceção de
dois Estados- haviam pedido ao
juiz Thomas Jackson que determinasse a divisão da Microsoft
em duas empresas. Uma seria responsável pelo sistema Windows e
a outra, pelos softwares.
Na última quarta-feira, quando
o juiz Jackson deveria ter determinado as penas para a companhia,
ele sugeriu que a empresa fosse
dividida em três -nesse caso, as
atividades de Internet seriam desmembradas também.
O juiz Jackson pediu que o governo revisse a sua proposta e que
a encaminhasse até ontem.
Segundo informações de pessoas próximas e de advogados do
governo, a acusação decidiu manter a proposta, pois "ela cria maiores condições de competição e de
ajuste do setor".
Na opinião de alguns analistas, a
quebra da Microsoft em três ou
mais partes geraria abalos na vida
dos usuários e do próprio setor.
Alterações
Uma das principais modificações introduzidas pela proposta
apresentada ontem foi a participação dos grandes acionistas da
Microsoft na nova empresa.
O governo pediu que todos os
acionistas com mais de 5% das
ações com direito a voto não possam participar da segunda empresa. Na proposta anterior, o valor era de 3%.
Com isso, o governo flexibiliza,
mas ainda limita a influência de
Bill Gates e de Steve Ballmer na segunda empresa -respectivamente o criador e o executivo-chefe da Microsoft.
Outra modificação está nos prazos. A acusação pediu que a Microsoft tenha 90 dias para seguir
algumas das sanções impostas,
depois da determinação do juiz.
Na proposta anterior, o prazo era
de 30 dias para qualquer punição.
A acusação também sugeriu
que o juiz Jackson não determine
a divisão imediata, de modo que a
Microsoft possa apelar.
No apelação, que já está prevista
pela empresa, o governo pede que
nenhuma sanção seja aplicada até
a resolução do caso.
A apelação direta à Suprema
Corte é possível desde 1974, quando uma lei norte-americana estabeleceu que em casos antitruste
de relevância o recurso é permitido e mais rápido do que o normal.
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