|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA vão ajudar na investigação de venda da elétrica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A averiguação preliminar que
investiga suposto acordo entre as
empresas Enron e AES no leilão
da energética Eletropaulo, ocorrido em 1998, vai contar com o
apoio do Departamento de Justiça dos EUA e analisará, também,
a conduta das empresas Light e
VBC, do grupo Votorantim.
A SDE (Secretaria de Direito
Econômico) informou que vai
analisar outras licitações de que as
empresas participaram e eventuais consequências para a economia após a privatização. O suposto acordo entre a AES e a Enron
na privatização de 1998 não seria
mais passível de punição porque
o crime já prescreveu.
Durante o procedimento, a SDE
e a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, atuarão em
conjunto. A averiguação se baseia
em reportagem do "Financial Times" de quarta-feira passada.
A VBC será investigada porque,
na época da privatização, era uma
das candidatas à disputa -o que
não ocorreu. A Folha tentou localizar a assessoria de imprensa da
VBC, mas não conseguiu.
Os técnicos da SDE querem descobrir se a desistência da VBC
aconteceu por falta de interesse
no negócio ou por acordo com as
outras concorrentes. A Light venceu o leilão e possui hoje participação acionária na AES.
O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, 27, afirmou que deve chamar os responsáveis e requisitar documentos
das empresas sobre os negócios.
Segundo Goldberg, não é possível
citar nenhum documento específico da Enron ou definir que papéis o Departamento de Justiça
americano poderá fornecer.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que
as supostas irregularidades no leilão devem ser investigadas. "Já
determinei à Procuradoria Geral
do Estado que avalie os meios de
realizar as investigações."
Alckmin, que na época coordenava o programa de privatizações
do Estado, disse que não sabia sobre as ações dos compradores.
Colaborou a Reportagem Local
Texto Anterior: Curto: Eletropaulo deve subir luz em 9,62% Próximo Texto: Luís Nassif: Palocci e a escola da PUC Índice
|