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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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EUA vão ajudar na investigação de venda da elétrica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A averiguação preliminar que investiga suposto acordo entre as empresas Enron e AES no leilão da energética Eletropaulo, ocorrido em 1998, vai contar com o apoio do Departamento de Justiça dos EUA e analisará, também, a conduta das empresas Light e VBC, do grupo Votorantim.
A SDE (Secretaria de Direito Econômico) informou que vai analisar outras licitações de que as empresas participaram e eventuais consequências para a economia após a privatização. O suposto acordo entre a AES e a Enron na privatização de 1998 não seria mais passível de punição porque o crime já prescreveu.
Durante o procedimento, a SDE e a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, atuarão em conjunto. A averiguação se baseia em reportagem do "Financial Times" de quarta-feira passada.
A VBC será investigada porque, na época da privatização, era uma das candidatas à disputa -o que não ocorreu. A Folha tentou localizar a assessoria de imprensa da VBC, mas não conseguiu.
Os técnicos da SDE querem descobrir se a desistência da VBC aconteceu por falta de interesse no negócio ou por acordo com as outras concorrentes. A Light venceu o leilão e possui hoje participação acionária na AES.
O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, 27, afirmou que deve chamar os responsáveis e requisitar documentos das empresas sobre os negócios. Segundo Goldberg, não é possível citar nenhum documento específico da Enron ou definir que papéis o Departamento de Justiça americano poderá fornecer.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que as supostas irregularidades no leilão devem ser investigadas. "Já determinei à Procuradoria Geral do Estado que avalie os meios de realizar as investigações."
Alckmin, que na época coordenava o programa de privatizações do Estado, disse que não sabia sobre as ações dos compradores.


Colaborou a Reportagem Local


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