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Ata diz que BC dará importância à meta de 2004
NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central sinalizou que já
desistiu de manter a inflação deste
ano dentro da meta de 8,5% fixada pela própria instituição em janeiro. O BC vai passar a dar mais
importância para a meta de 5,5%
a ser alcançada em 2004. Isso, em
tese, pode favorecer a queda
maior dos juros.
Ontem, foi divulgada a ata da última reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC), realizada na semana passada. No encontro, a diretoria do BC decidiu
reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, para 26% ao ano. Se não
fizesse isso, a inflação de 2004 poderia cair abaixo da meta de 5,5%.
No documento, o BC apresenta
as justificativas para essa decisão.
Em determinado momento, afirma-se que, mesmo se a taxa Selic
continuasse em 26,5% ao ano, a
meta de inflação deste ano não seria cumprida. Ainda assim, o Copom reduziu os juros.
Por outro lado, o BC diz que a
projeção de inflação "está abaixo
da meta de 5,5% para 2004". A
instituição mostra, portanto, que
já está mais preocupada com a alta dos preços esperada para o ano
que vem do que a deste ano.
A estimativa é que possa levar
entre seis e nove meses para a economia sentir o efeito total de mudanças nas taxas de juros. Por isso, alterações na taxa decididas
agora já afetam as metas de inflação fixadas para o ano que vem.
A ata diz que, daqui para a frente, a inflação deve começar a cair
na velocidade que era esperada no
começo do ano, quando foram fixadas as metas. Assim, o importante não seria manter a inflação
em 8,5% neste ano, e sim fazer
com que os preços caiam na velocidade considerada apropriada
pelo BC nos próximos meses.
O BC também analisou os preços dos combustíveis no país. Nas
contas da instituição, se prevalecesse a queda na cotação do petróleo no mercado internacional,
o preço interno seria 8,5% menor
para a gasolina e para o GLP.
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