|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana subiu 1,36%; C-Bonds recuaram 2,09% e levaram risco para 791 pontos
Dólar e risco-país voltam a fechar em alta
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas a Bovespa escapou do
péssimo dia que os ativos brasileiros tiveram no mercado. Ontem,
dólar e risco-país subiram, e os
C-Bonds fecharam com perdas.
A expressiva alta de 5,19% do
risco-país, que fechou com 791
pontos, é reflexo de um reajuste
das carteiras de grandes investidores no mercado internacional,
segundo analistas. Após o Fed
(banco central dos EUA) baixar o
juro básico da economia americana para 1% ao ano, investidores,
apostando que as taxas atingiram
seu piso, decidiram realocar seus
recursos.
Um dos prejudicados foram os
papéis da dívida de emergentes,
como os C-Bonds. Os títulos da
dívida brasileira de maior liquidez caíram 2,09% e fecharam a
US$ 0,8825.
Para Felipe Brandão, diretor de
mercados emergentes da corretora López Léon, a decisão do governo argentino de passar a controlar a entrada de capitais no país
não teve um efeito relevante nos
negócios ontem.
O dólar teve valorização de
1,36% ontem e fechou vendido a
R$ 2,90, patamar que não atingia
há três semanas.
O fato de o Banco Central ter renovado, em dois leilões, apenas
pouco mais da metade da dívida
cambial de US$ 2,5 bilhões que
vence na próxima semana tem incomodado o mercado.
Como não se sabe quanto a autoridade monetária vai rolar da
dívida, algumas tesourarias de
bancos têm preferido comprar
dólares nesse momento. Quanto
menos o Banco Central renova de
seus vencimentos, menor é a disponibilidade de "hedge" no mercado, o que pode pressionar a cotação do dólar.
Ações
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o imbróglio do reajuste das tarifas de telefonia fez os negócios
com ações de teles serem suspensos por algumas horas, por ordem
da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários).
Após a retomada dos negócios,
as ações preferenciais da Telemar
ganharam fôlego para fechar com
alta de 1,8%, o que ajudou a Bolsa
a subir 0,66%.
O volume negociado no pregão
ficou em R$ 711,6 milhões. Desse
total, R$ 110 milhões vieram de
um leilão realizado com os papéis
da Coteminas.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Ata diz que BC dará importância à meta de 2004 Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|