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Quebra de sigilos bancário e fiscal pode anular leilão de privatização
LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A quebra dos sigilos bancário,
fiscal, comercial e societário de 15
empresas envolvidas no leilão de
privatização da Vale pode provocar a anulação do processo de privatização da empresa, segundo o
procurador da República Ubiratan Cazzeta.
Anteontem, o TRF (Tribunal
Regional Federal) negou um recurso do Bradesco que pedia a revogação da decisão do juiz Eduardo Luiz Cubas, da 4ª Vara Federal
no Pará, no dia 7 deste mês.
A intenção de Cazzeta, que endossou a ação popular que pedia a
quebra do sigilo, é tentar recompor o organograma das empresas
e descobrir se realmente o Bradesco participou do leilão.
"Como o banco foi o avaliador
da privatização, fez empréstimos
a empresas que participaram do
leilão e comprou ações e participações de algumas dessas empresas, é necessário questionar e detalhar todas as transações."
Das 81 ações populares contra a
privatização da Vale que tramitam na Justiça do Pará, 38 questionam a participação do Bradesco. "Se necessário, usaremos os
argumentos dessas ações."
As empresas que tiveram os sigilos quebrados são Valepar, Bradesco, Bradespar, Bradesplan,
Paiol, União de Comércio e Participações, banco Oporttunity,
Oporttunity Anafi Participações,
Valetron, Belapart, Elétron, Sweet
River Fund, Oporttunity Prime
Fundo Mútuo de Investimentos,
Companhia Siderúrgica Nacional
e CSN Steel.
Também foram quebrados os
sigilos bancário e telefônico de
Verônica Dantas Rodenburg, sócia do Oporttunity.
Cazzeta quer entender por que
o Bradesco teria comprado debêntures da Belapart e da Valetron, que são donas da Sweet River Fund, uma das acionistas da
Valepar, principal sócia da Vale.
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