São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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Diretor lamenta troca de farpas com Lavagna

Stephen Jaffe/France Presse
O diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, em Washington


JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES

O diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, tentou acabar com a troca de críticas e declarações hostis entre o organismo e o governo argentino, que negociam um acordo há oito meses.
"Pensamos que não deveríamos, em especial por meio da imprensa, trocar expressões de chantagem", disse Köhler em entrevista à rádio BBC World Service realizada ontem, quatro dias antes de se encontrar com o ministro Roberto Lavagna (Economia) em Washington para dar continuidade às negociações.
As "chantagens" a que se referiu Köhler são as ameaças de diversos funcionários do governo argentino de não pagar as dívidas que vencem a partir de outubro com os organismos financeiros internacionais para pressionar pelo fechamento do um acordo.
Anteontem, Lavagna havia dito que "não seria o fim do mundo" se a Argentina não conseguisse um acordo que permitisse evitar o calote.
Em resposta, a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, havia afirmado que o fracasso "não seria mesmo o fim de mundo", mas que a Argentina teria de enfrentar "sérias consequências". Entre elas, Krueger mencionara que o país perderia o direito a empréstimos que já foram aprovados para financiar gastos sociais.


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