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Outro lado
Estrutura ruim justifica alta, dizem empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de infra-estrutura dos portos brasileiros é
apontada pelas operadoras de transporte marítimo como a principal causa
de seus aumento de custos
e, conseqüentemente, da
alta do preço do frete.
"Os portos brasileiros,
especialmente o de Santos, o de Paranaguá, o de
Itajaí e o de Rio Grande, já
estão há alguns meses
apresentando sérias limitações operacionais. Isso
causa congestionamento
de navios, o que eleva nossos custos", diz Julian
Thomas, diretor da alemã
Hamburg Sud.
Outro fator apontado
pela empresa é o aumento
do combustível marítimo.
"Há três anos e meio, a tonelada de combustível
custava US$ 60. Hoje custa US$ 300."
A greve de fiscais da Receita Federal é outro motivo apontado para justificar os aumentos. "A greve
atrasa a liberação de carga
e resulta em aumento de
custos para as empresas",
diz Paulo Roberto do Nascimento, da chilena CSAV.
Em junho, segundo ele,
a CSAV elevou em 10% o
preço do frete e, a partir de
outubro, fará reajuste de
mais 20%. Desde setembro do ano passado, a empresa não fazia aumentos
de preços. "Só neste ano, o
combustível subiu 15%.
Não houve combinação, é
que todas as empresas enfrentaram as mesmas
pressões de custos."
Procuradas pela Folha,
a MSC e a Hapag-Lloyd
não quiseram comentar os
reajustes.
(FF)
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