São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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Setor de autopeças está no limite da produção

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Paulo Butori, afirmou, durante o seminário "Setor Automotivo: Perspectivas 2005", da editora AutoData, que o nível médio de ociosidade da indústria de autopeças no país está em 15%. Em meados de 2003, o percentual era de 35%.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado em parceria pelo sindicato e pela consultoria Booz Allen Hamilton. O nível médio de ociosidade considerado aceitável pela indústria é 20%. Esse percentual leva em conta a necessidade de parada das máquinas para manutenção.
O forte aquecimento da economia, no entanto, faz com que algumas empresas estejam fazendo quarto turno, trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, segundo Butori. Dessa forma, o tempo para manutenção se torna escasso, o que compromete a qualidade da produção. O que impede investimentos maiores hoje é a falta de confiança na sustentabilidade da retomada econômica do país e, no caso de algumas empresas, a falta de capital para investir.
O setor de autopeças busca dialogar com as montadoras para solucionar o problema -o estudo já foi apresentado para a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O receio é que, se o nível atual de demanda externa e interna se mantiver, a capacidade instalada das empresas não seja suficiente.
A meta traçada pela Anfavea é vender 2 milhões de veículos no mercado interno em 2006. Neste ano, a estimativa é que sejam vendidas 1,5 milhão de unidades.
(MAELI PRADO)


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