São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa tem volume menor, à espera da ata do Copom, mas acompanha valorização de ações nos EUA

Bolsa segue NY e sobe 1,09%; dólar cai 0,62%

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado reduziu seu ritmo à espera da divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Os ajustes mais fortes à elevação da taxa básica de juros da economia já foram feitos.
A ata da reunião trará as justificativas do Banco Central para o aumento da Selic de 16,25% para 16,75% ao ano, anunciada na última quarta-feira. A depender de seu conteúdo, o documento poderá mexer com o mercado.
Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 1,09% e movimentou pouco mais de R$ 1 bilhão, abaixo da média diária do mês (R$ 1,44 bilhão).
No pregão da BM&F, onde são negociados os contratos DI -que expressam a expectativa dos investidores em relação à evolução dos juros-, o volume de negócios também foi menor. Foram negociados 245 mil contratos, metade do volume registrado na quinta passada, dia posterior ao Copom.
As projeções dos juros futuros pouco oscilaram ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Uma ata considerada pessimista amanhã pode fazer as instituições financeiras revisarem para cima suas expectativas de juros.
O dólar recuou 0,62%. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 2,866. Operadores afirmaram que uma operação da Petrobras no mercado de câmbio colaborou para que o dólar encerrasse o dia em baixa.

Menor pessimismo
A alta do mercado acionário norte-americano ajudou a manter a Bovespa em terreno positivo durante quase todo o pregão de ontem. O índice Dow Jones, principal da Bolsa de Valores da Nova York, subiu 1,42%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica das empresas de alta tecnologia, registrou ganho de 0,77%.
O mercado deixou em segundo plano a alta do preço do barril de petróleo no mercado internacional ontem.
Nesse cenário, os títulos da dívida brasileira negociados no mercado internacional recuperaram parte das perdas de segunda-feira. O Global 40 fechou com valorização de 1,27%, e os C-Bonds subiram 0,70%.
O risco-país recuou durante todo o dia. Às 19h, o indicador registrava 492 pontos, em baixa de 3,5%.
(FABRICIO VIEIRA)


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