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ARGENTINA
Medida compensaria efeito de aumento de impostos
Equipe de De la Rúa quer fazer acordos para reduzir as tarifas
VANESSA ADACHI
de Buenos Aires
O novo governo argentino, que
toma posse em 10 de dezembro,
quer fechar acordos com as empresas privatizadas para reduzir
as tarifas de serviços públicos em
torno de 5% a 10%.
O objetivo por trás da iniciativa
é reduzir o custo do país e colaborar para tornar a indústria argentina mais competitiva. Essa seria
uma das medidas em estudo pelo
novo governo para reduzir o impacto de um pacote fiscal que terá
de ser implementado para equilibrar as contas do país e já está em
elaboração.
Boa parte do ajuste deverá vir de
um aumento dos impostos e, portanto, a redução das tarifas públicas serviria como compensação.
Ao iniciar os trabalhos de transição, o futuro ministro da Economia, José Luis Machinea, já havia adiantado que a equipe estudava formas de reduzir o custo
dos serviços públicos. Na última
sexta-feira, o jornal "Clarín",
maior da Argentina, informou
que as negociações com as concessionárias dos serviços já estão
em andamento.
As mais adiantadas seriam com
as companhias telefônicas e operadoras de rodovias, mas também
se pretende mexer nas tarifas de
água, luz, gás e dos trens.
Como o objetivo é melhorar a
competitividade das empresas,
existe a possibilidade de que a redução das tarifas exclua as residências. As principais beneficiárias da medida deverão ser as pequenas e médias empresas.
As concessionárias de serviços
públicos estão aceitando negociar, mas querem uma contrapartida. A equipe do próximo governo estuda arcar com parte dessa
redução, diminuindo a regulamentação dos setores e alguns
impostos sobre essas atividades.
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