São Paulo, Sábado, 27 de Novembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARGENTINA
Medida compensaria efeito de aumento de impostos
Equipe de De la Rúa quer fazer acordos para reduzir as tarifas

VANESSA ADACHI
de Buenos Aires

O novo governo argentino, que toma posse em 10 de dezembro, quer fechar acordos com as empresas privatizadas para reduzir as tarifas de serviços públicos em torno de 5% a 10%.
O objetivo por trás da iniciativa é reduzir o custo do país e colaborar para tornar a indústria argentina mais competitiva. Essa seria uma das medidas em estudo pelo novo governo para reduzir o impacto de um pacote fiscal que terá de ser implementado para equilibrar as contas do país e já está em elaboração.
Boa parte do ajuste deverá vir de um aumento dos impostos e, portanto, a redução das tarifas públicas serviria como compensação.
Ao iniciar os trabalhos de transição, o futuro ministro da Economia, José Luis Machinea, já havia adiantado que a equipe estudava formas de reduzir o custo dos serviços públicos. Na última sexta-feira, o jornal "Clarín", maior da Argentina, informou que as negociações com as concessionárias dos serviços já estão em andamento.
As mais adiantadas seriam com as companhias telefônicas e operadoras de rodovias, mas também se pretende mexer nas tarifas de água, luz, gás e dos trens.
Como o objetivo é melhorar a competitividade das empresas, existe a possibilidade de que a redução das tarifas exclua as residências. As principais beneficiárias da medida deverão ser as pequenas e médias empresas.
As concessionárias de serviços públicos estão aceitando negociar, mas querem uma contrapartida. A equipe do próximo governo estuda arcar com parte dessa redução, diminuindo a regulamentação dos setores e alguns impostos sobre essas atividades.


Texto Anterior: Preços: Para o governo, deflação poderá voltar
Próximo Texto: Trabalho: Portuários de Santos param na 2ª
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.