PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de muita polêmica, a Petrobras decidiu adiar de dezembro para janeiro o prazo de entrega das propostas para a licitação das plataformas de produção de petróleo P-51 e P-52.
Com isso, caberá à nova direção da estatal, já indicada pelo governo eleito, decidir qual será a proposta vencedora.
Alvo de críticas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, durante toda a campanha por suposto privilégio a estrangeiros, o processo de licitação foi iniciado em setembro deste ano.
Na época, quando a estatal distribuiu cartas-convite para que 11 empresas participassem, a previsão era que a entrega das propostas ocorresse em dezembro.
A Petrobras nega que tenha havido pressão do governo eleito para o adiamento -alega questões técnicas. Segundo a estatal, 7 das 11 empresas que participam da licitação pediram mais tempo para enviar as propostas.
O diretor da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, que assessora a equipe de transição na área de energia, disse que a atitude da Petrobras foi correta.
"Vamos ter tempo de fazer algumas alterações no projeto. A maior parte da obra pode ser feita no Brasil, principalmente a parte naval, que é a que gera mais empregos", afirmou.


Texto Anterior: S&P rebaixa avaliação da companhia aérea
Próximo Texto: Em transe: Mercado pede juro alto ao BC, e dólar sobe
Índice