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JUSTIÇA
Carlos Liboni e mais cinco sócios são acusados de sonegar R$ 250 milhões
Vice da Fiesp tem prisão decretada
AFRA BALAZINA
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O primeiro vice-presidente da
Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo), engenheiro Carlos Roberto Liboni, 52,
teve a prisão preventiva decretada
a pedido do Ministério Público
Federal por suposto crime de sonegação fiscal. Ele está foragido.
Liboni e mais cinco sócios da
empresa de tecnologia Smar, de
Sertãozinho (335 km a noroeste
de São Paulo), deixaram de pagar,
segundo a Promotoria, aproximadamente R$ 250 milhões em
impostos ao longo de quase 20
anos. Eles são acusados em 28
procedimentos -entre ações penais, inquéritos policiais e processos administrativos.
Segundo o advogado de Liboni,
Alberto Zacarias Toron, 44, seu
cliente pretende se apresentar e,
para isso, aguarda a decisão sobre
o pedido de habeas corpus feito
na última sexta-feira ao TRF (Tribunal Regional Federal). A prisão
preventiva foi decretada em 5 de
dezembro.
O processo judicial mais recente
contra a Smar, que gerou o pedido e a decretação da prisão preventiva dos seis empresários, refere-se ao não-pagamento de R$ 2,8
milhões em contribuições previdenciárias dos funcionários, entre
setembro de 1998 e janeiro de
2001. Os demais 27 processos dizem respeito a sonegação fiscal e
evasão de divisas, entre outros.
Em depoimentos na polícia, que
constam no pedido de prisão, alguns diretores afirmaram que a
decisão de não pagar os impostos
foi consciente e tomada por toda a
diretoria. Também disseram que
a empresa passava por dificuldades financeiras e que, por isso,
preferiu pagar o salário de seus
empregados a recolher os impostos -no total, a firma tem hoje
mil funcionários.
Segundo o Ministério Público,
no entanto, tais alegações são "absolutamente falaciosas e inverídicas" porque o faturamento anual
da Smar gira em torno de US$ 35
milhões, e o BC constatou a remessa ilegal de milhões de dólares
feita pela empresa para o exterior.
A Fiesp informou ontem que todos foram pegos de surpresa e
que não há definição se Liboni será afastado da vice-presidência.
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