São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2001

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REPERCUSSÃO

"Era modelo para o país", diz Lázaro Brandão

DA REPORTAGEM LOCAL

DA SUCURSAL DO RIO DE JANEIRO

Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, lamentou a morte de Walther Moreira Salles e disse que ele era um exemplo para o país.
"Nós o estimávamos muito. Ele era muito ponderado, firme e cordial. Criou um banco de primeira linha e tinha uma linha de conduta que era um modelo para o país."
O presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, disse que Salles foi "um símbolo da industrialização e da liberdade de empreendimento no Brasil no período pós-Segunda Guerra Mundial".
Para Roberto Teixeira da Costa, vice-presidente do grupo financeiro Sul América, Salles "era um homem de grande visão, com grande intuição para os negócios". Teixeira da Costa trabalhou com Salles, em dois períodos, entre o final das décadas de 50 e de 70.
Uma das iniciativas pioneiras do banqueiro foi separar seus negócios da área financeira dos empreendimentos industriais, agrícolas ou comerciais anos antes que o Banco Central tornasse a medida obrigatória.
Outra iniciativa pioneira, destaca Teixeira da Costa, foi a criação de uma estrutura de banco de investimentos no Unibanco numa época em que esse tipo de negócio ainda era pouco comum.
O que chamava a atenção em Salles, continua o empresário, era seu estilo elegante: tinha boa conversa e seduzia seus interlocutores. "Ele sempre circulou bem no exterior. Não havia banqueiro importante no mundo que não o conhecesse."
Moreira Salles chegou a ser sócio do banqueiro norte-americano David Rockefeller numa fazenda no Estado do Mato Grosso, mais tarde vendida para o Bradesco.



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