|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REPERCUSSÃO
"Era modelo para o país", diz Lázaro Brandão
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO DE JANEIRO
Lázaro Brandão, presidente
do Conselho de Administração
do Bradesco, lamentou a morte
de Walther Moreira Salles e
disse que ele era um exemplo
para o país.
"Nós o estimávamos muito.
Ele era muito ponderado, firme
e cordial. Criou um banco de
primeira linha e tinha uma linha de conduta que era um
modelo para o país."
O presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro), Eduardo
Eugenio Gouvêa Vieira, disse
que Salles foi "um símbolo da
industrialização e da liberdade
de empreendimento no Brasil
no período pós-Segunda Guerra Mundial".
Para Roberto Teixeira da
Costa, vice-presidente do grupo financeiro Sul América, Salles "era um homem de grande
visão, com grande intuição para os negócios". Teixeira da
Costa trabalhou com Salles, em
dois períodos, entre o final das
décadas de 50 e de 70.
Uma das iniciativas pioneiras
do banqueiro foi separar seus
negócios da área financeira dos
empreendimentos industriais,
agrícolas ou comerciais anos
antes que o Banco Central tornasse a medida obrigatória.
Outra iniciativa pioneira,
destaca Teixeira da Costa, foi a
criação de uma estrutura de
banco de investimentos no
Unibanco numa época em que
esse tipo de negócio ainda era
pouco comum.
O que chamava a atenção em
Salles, continua o empresário,
era seu estilo elegante: tinha
boa conversa e seduzia seus interlocutores. "Ele sempre circulou bem no exterior. Não havia banqueiro importante no
mundo que não o conhecesse."
Moreira Salles chegou a ser
sócio do banqueiro norte-americano David Rockefeller numa
fazenda no Estado do Mato
Grosso, mais tarde vendida para o Bradesco.
Texto Anterior: Memória: Walther Moreira Salles morre aos 88 anos Próximo Texto: Banqueiro foi personagem do século 20 Índice
|