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Desafio do Bilbao é ser o 1º
da enviada especial
O grande desafio do Banco
Bilbao Vizcaya hoje na Espanha é dar o troco ao seu maior
rival, o Banco Santander. Em 15
de janeiro, o Santander, segundo maior banco espanhol,
anunciou uma fusão com o
Banco Central Hispano, o terceiro. Os dois tomaram do BBV
a liderança no mercado local.
A briga é antiga e promete
novos lances. Em sua edição da
última sexta-feira, a revista
"Dinero", associada à "Business Week", colocou Pedro
Luis Uriarte, vice-presidente
do BBV, o executivo que toca o
banco no dia-a-dia, entre os
100 empresários mais poderosos e promissores da Espanha.
No artigo, a revista atribuiu a
Uriarte o fortalecimento do
BBV na Espanha e na América
Latina e afirmou que "agora se
espera dele uma resposta ao
BSCH (Banco Santander Central Hispano)".
Os lances da fusão do Santander com o Central Hispano têm
ocupado muito espaço na mídia espanhola.
Na semana passada, o grande
assunto nos meios financeiros
era a renúncia de Ana Patricia
Botín, filha do principal acionista do Santander, Emilio Botín, que, antes da fusão, era cotada para substituir o pai no comando da instituição.
Ana Patricia era considerada
a mulher mais poderosa das finanças do país desde quem, em
1996, o Fórum de Davos a incluiu no clube dos líderes mundiais do futuro. No mesmo ano,
a "Business Week" a elegeu como um dos 25 melhores executivos do mundo e a "Euromoney" a cotou entre os dez principais executivos financeiros
do mundo com menos de 40
anos. Ana Patricia está com 38.
Segundo os jornais e revistas
locais, sua queda foi precipitada por um perfil publicado pelo
jornal "El Pais", que insinuava
que ela ocuparia a presidência
do novo banco em alguns anos.
O artigo teria provocado o
primeiro racha entre as cúpulas das duas instituições, por
desmoralizar uma das novas
diretrizes: a profissionalização
da gestão do BSCH.
Para assegurar a associação,
não teria restado outra alternativa a Botín a não ser permitir
que a filha fosse afastada.
Botín está como co-presidente do BSCH, ao lado de José
Amusátegui, que era presidente do Central Hispano.
Abaixo está o vice-presidente
Ángel Corcóstegui, considerado o homem forte do novo
banco, principalmente após o
afastamento de Ana Patricia.
Corcóstegui, por ironia, é cria
do BBV, onde chegou a ocupar
a diretoria-geral.
(VA)
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