São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2006

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Juiz dos EUA adia retomada de avião

LEILA SUWWAN
DE NOVA YORK

Depois de quase permitir o arresto parcial de turbinas e aviões da Varig por falta de pagamento, o juiz Robert Drain, da corte de falências de Nova York, acabou decidindo esperar o resultado da operação de venda da VarigLog e optou por manter a liminar já em vigor até o dia 31 de maio. Até lá, as arrendadoras de aeronaves e equipamentos nos Estados Unidos continuarão dependendo primariamente da Justiça brasileira para tentar reaver seus bens.
Ao contrário do clima de satisfação da última audiência em dezembro, ontem a Varig passou por um aperto no tribunal ao enfrentar cinco arrendadoras que tentaram convencer o juiz a defender seus interesses após a sinalização de que juizes brasileiros não iriam autorizar neste momento o arresto de aviões.
"Estamos satisfeitos com a decisão. Se o juiz permitisse a tomada de aviões hoje, mudaria o rumo operacional da Varig. E a Varig sem aviões não é nada", disse Luis de Lúcio, da consultoria Alvarez e Marsal, que comanda o plano de reestruturação.
A preocupação de Drain, reiterada várias vezes, é a de que arrendadoras não vejam suas dívidas pagas ou equipamento devolvido, caso não façam parte do conjunto de 48 aviões que integrariam a frota da VarigLog. Mas considerou melhor esperar decisão da assembléia de credores, da Justiça brasileira e negociações entre o consórcio Volo (do fundo Mattlin Patterson e investidores brasileiros) e as arrendadoras.


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