São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2006

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Divisão da companhia é "plano B"

DE NOVA YORK

Para amenizar a desconfiança de que o plano de venda da Varig Log possa fracassar, a Varig apresentou ontem à corte de de falências de Nova York seu "Plano B": a cisão da Varig entre uma empresa com as rotas internacionais e os passivos operacionais e outra empresa com as rotas nacionais, financeiramente enxuta e cujo controle seria vendido por estimados US$ 500 milhões a US$ 600 milhões em leilão de 45 dias no começo de junho.
O plano já contaria com o aval de "instituição financeira importante" (nome não foi revelado), que daria empréstimo-ponte de US$ 100 milhões para viabilizar a restruturação e sanar as dívidas da operação doméstica. Além disso, já haveria quatro investidores do setor aéreo interessados em comprar a "Nova Varig".
A "velha" Varig ficaria com participação minoritária na nova empresa, que reteria parte dos aviões e funcionários, além da marca Varig e o programa de fidelidade Smiles. Não haveria calote das dívidas prévias, congeladas no processo de falência, porque a Varig velha herdaria o plano de recuperação. "O "Plano A" é um excelente plano para a empresa. O "B" ainda é um pássaro voando", disse Luis de Lucio, da consultoria Alvarez e Marsal. O plano está sendo discutido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), pela Justiça do Rio e pelo governo.
Haveria sinalização de que o BNDES pudesse financiar a compradora da Nova Varig, mas não ficou claro se estaria disposto a injetar o "empréstimo-ponte".


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