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MERCADO FINANCEIRO
Moeda cai a R$ 2,105 com indício de fim da alta do juro nos EUA; possível pausa na queda da Selic derruba ações
Fed derruba dólar, e Copom freia Bovespa
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
Após uma semana de otimismo,
a Bovespa recuou ontem 1,63%,
para 39.751 pontos, por conta da
ata da última reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária do
Banco Central), que desanimou
os investidores ao dizer que, a
partir de agora, eventuais reduções nos juros serão feitas com
maior "parcimônia" (leia à pág.
B3). No mercado de câmbio, entretanto, o dia foi positivo: o dólar
comercial recuou 0,66%, para R$
2,105, menor valor desde março
de 2001, com a sinalização nos
EUA de pausa na elevação dos juros (leia à pág. B7).
"Houve um certo exagero na recente euforia", afirma Jason Vieira, economista da consultoria
GRC Visão. A expectativa de
maiores reduções da Selic, que está atualmente em 15,75% ao ano,
ajudou a Bovespa a chegar ao recorde de 40.410 pontos na quarta.
Por conta da cautela demonstrada pelo Copom na ata, a maior
parte dos analistas de mercado
passou a apostar que, após um
novo corte de 0,75 ponto percentual dos juros no final de maio, a
autoridade monetária vai parar
para avaliar os efeitos da queda na
economia antes de tomar outras
medidas. Além disso, alguns especialistas já mudaram de opinião e agora prevêem um corte de
apenas 0,5 ponto.
O mau humor provocado pela
ata ofuscou, na Bovespa, a boa
notícia que fez o dólar cair. O presidente do Federal Reserve, Ben
Bernanke, disse que o banco central americano pode interromper
o ciclo de altas dos juros no país,
que estão em 4,75% ao ano -a
expectativa é que ocorra mais
uma elevação de 0,25 ponto em
maio. Quando os juros da economia americana sobem, os investidores costumam abandonar suas
aplicações em mercados como o
brasileiro, daí o nervosismo.
Ações
A ações da Telemar fecharam
ontem em baixa de 1,06%, a R$
37,30, após a Tele Norte Leste,
empresa do grupo, informar queda de 25,4% no lucro no primeiro
trimestre do ano em relação ao
mesmo período de 2005. A empresa registrou ganho de R$ 144
milhões.
Já a Natura fechou o primeiro
trimestre de 2006 com lucro líquido de R$ 81,7 milhões, resultado
17,2% superior ao de igual período do ano passado, e seus papéis
tiveram desvalorização de 0,03%,
para R$ 25,39.
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