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COMÉRCIO EXTERIOR
Mercado é estratégico, diz ministro da Indústria
Brasil deve ter uma política para conquistar os países andinos
da Sucursal do Rio
O ministro José Botafogo Gonçalves (Indústria, Comércio e Turismo) disse ontem que o país precisa traçar uma estratégia para
conquistar o mercado composto
pelos países andinos.
O recado foi dado para uma platéia de empresários reunidos na
sede da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Segundo o ministro, é preciso
que o Brasil se prepare para o que
ele chama de "concorrência cruzada".
Face à indefinição do Brasil em
ocupar o mercado andino, esses
países (Chile, Peru, Colômbia e
Bolívia) estão muito mais voltados
para o México e os Estados Unidos, afirmou Gonçalves.
O ministro disse que se trata de
um mercado estratégico, "muito
interessante e com um Produto
Interno Bruto nada desprezível".
Quanto ao resultado acumulado
das exportações no primeiro quadrimestre (12%), ele disse que o
mais positivo é "ter acontecido
em um momento extremamente
negativo, de juros altos, menos
crescimento e crise asiática".
Sobre câmbio, Gonçalves disse
que as reduções no "custo Brasil"
ajudam a diminuir a diferença
"que pode existir entre a taxa de
câmbio valorizada e aquela que seria conveniente para favorecer as
exportações".
Na reunião, a AEB apresentou
ao ministro um estudo feito com
base na projeção do governo, que
espera dobrar as exportações brasileiras até 2002. Hoje, o país tem
um déficit no frete marítimo da
ordem de US$ 4 bilhões, porque
94% das exportações são feitas por
navios de bandeira estrangeira, de
acordo com Richard Klien, conselheiro da AEB.
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