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Aumento maior para empresa fechou acordo
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
As operadoras de telefonia fixa
conseguiram o aval dos ministros
Antonio Palocci Filho (Fazenda) e
José Dirceu (Casa Civil) para os
reajustes porque se dispuseram a
descarregar os maiores aumentos
nas tarifas das empresas.
A Folha apurou que a Telefônica, a Telemar e a Brasil Telecom
entraram em acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e com os ministros
Palocci e Dirceu quando propuseram reajustar em 41,75% as tarifas
não-residenciais. O consenso foi
possível porque há maior concorrência nos serviços de telecomunicações para o setor corporativo.
Raramente o teto dos preços autorizados pela Anatel é de fato
usado nesse segmento. As operadoras dão grandes descontos.
Já os reajustes para residências,
de 24,5% (Telefônica) e 25% (Telemar e Brasil Telecom), foram
considerados convenientes pela
Anatel e pelos ministros porque
seriam melhores que um reajuste
de uma vez de 28,75%. Esse percentual era o que vinha sendo trabalhado teoricamente pela Anatel
durante as negociações.
A Folha apurou que de fato as
operadoras no início concordaram com o Ministério das Comunicações em parcelar o reajuste,
sendo que o primeiro aumento
seria de 17%. Mas voltaram atrás
ao negociar com a Anatel. Segundo elas, um parcelamento do reajuste em três vezes seria pior para
o controle da inflação, pois aumentos em agosto deste ano e janeiro de 2004 prejudicariam de
fato os índices.
Nas negociações, as operadoras
afirmaram que julho seria um
bom momento para um reajuste
único, pois muitos índices têm registrado até deflação. O aumento
das tarifas seriam parcialmente
absorvidos pela queda dos preços
em outros setores.
A Folha apurou que os percentuais de reajustes foram aprovados na quarta-feira pela Anatel,
Palocci e Dirceu. Apesar da polêmica do ministro Miro Teixeira
(Comunicações) com a Anatel e
as operadoras, Dirceu se comprometeu e garantiu que o "Diário
Oficial" de ontem já fosse impresso com os reajustes.
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