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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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Aumento maior para empresa fechou acordo

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

As operadoras de telefonia fixa conseguiram o aval dos ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil) para os reajustes porque se dispuseram a descarregar os maiores aumentos nas tarifas das empresas.
A Folha apurou que a Telefônica, a Telemar e a Brasil Telecom entraram em acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e com os ministros Palocci e Dirceu quando propuseram reajustar em 41,75% as tarifas não-residenciais. O consenso foi possível porque há maior concorrência nos serviços de telecomunicações para o setor corporativo. Raramente o teto dos preços autorizados pela Anatel é de fato usado nesse segmento. As operadoras dão grandes descontos.
Já os reajustes para residências, de 24,5% (Telefônica) e 25% (Telemar e Brasil Telecom), foram considerados convenientes pela Anatel e pelos ministros porque seriam melhores que um reajuste de uma vez de 28,75%. Esse percentual era o que vinha sendo trabalhado teoricamente pela Anatel durante as negociações.
A Folha apurou que de fato as operadoras no início concordaram com o Ministério das Comunicações em parcelar o reajuste, sendo que o primeiro aumento seria de 17%. Mas voltaram atrás ao negociar com a Anatel. Segundo elas, um parcelamento do reajuste em três vezes seria pior para o controle da inflação, pois aumentos em agosto deste ano e janeiro de 2004 prejudicariam de fato os índices.
Nas negociações, as operadoras afirmaram que julho seria um bom momento para um reajuste único, pois muitos índices têm registrado até deflação. O aumento das tarifas seriam parcialmente absorvidos pela queda dos preços em outros setores.
A Folha apurou que os percentuais de reajustes foram aprovados na quarta-feira pela Anatel, Palocci e Dirceu. Apesar da polêmica do ministro Miro Teixeira (Comunicações) com a Anatel e as operadoras, Dirceu se comprometeu e garantiu que o "Diário Oficial" de ontem já fosse impresso com os reajustes.


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