DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O ministro José Dirceu (Casa Civil) creditou os índices de reajuste das tarifas de telefonia fixa à herança do governo Fernando Henrique e afirmou que o marco regulatório dos setores de infra-estrutura estão sendo revistos, com o objetivo de não dolarizar as tarifas nos novos contratos.
"Estamos fazendo o que nos comprometemos, combatendo a corrupção, a exclusão, desenvolvendo o Brasil, ao mesmo tempo em que enfrentamos a herança. Hoje [ontem] mesmo tivemos a manifestação dela, que foi o aumento das tarifas telefônicas, que ainda estão apoiadas nos contratos anteriores", disse ele.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), foi mais contundente nas críticas: "No governo anterior os contratos foram feitos de forma irresponsável quanto à estabilidade".
Ele disse que o governo insistirá na negociação com o setor de telefonia e criticou as agências reguladoras. "A crise energética mostrou que o país tem que rediscutir os marcos regulatórios. Há conflito de papéis entre a União, que tem o poder concedente, e as agências regulatórias."
Para o presidente do PT, José Genoino (SP), os contratos foram assinados pelo governo anterior, mas as regras são respeitadas. "O governo manda no país. Tem legalidade e foi eleito para governar. Mas governamos com regras."


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