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Brasileiro dominava
entre estrangeiros
de Tóquio
Nos últimos sete anos os brasileiros controlaram quase que totalmente os empregos formais oferecidos pela indústria japonesa a
estrangeiros.
Essa hegemonia se mantém, mas
a crise asiática iniciada em julho
do ano passado colocou dentro do
Japão milhares de chineses, filipinos e tailandeses que, aos poucos,
ocupam espaços no mercado de
trabalho antes dominados por
brasileiros.
Pelo menos duas montadoras japonesas que demitiram brasileiros
recentemente trouxeram dezenas
de chineses para ocupar as mesmas funções.
Legalmente, somente estrangeiros descendentes de primeira e de
segunda gerações podem trabalhar em serviços não especializados no Japão.
Os asiáticos, no entanto, são trazidos como estagiários. Na prática
não trabalham, mas aprendem,
ganhando somente uma ajuda de
custo -50% do valor dos salários
pagos aos brasileiros que trabalham no país.
Os chineses formam a segunda
maior comunidade estrangeira no
Japão. A primeira é a coreana.
Os brasileiros são a terceira população de estrangeiros e, assim
como os peruanos, os que vivem
no Japão são descendentes de japoneses e por essa razão podem
ser contratados legalmente. Grande parte dos chineses e coreanos
trabalha ilegalmente.
Salários baixos
Os chineses são os que mais têm
recebido ofertas das indústrias do
Japão.
Além de aceitarem salários mais
baixos, oferecem a vantagem de
ler os caracteres chineses -kanji,
alfabeto baseado em ideogramas- que formam parte da língua escrita dos japoneses.
Levantamento feito pela Folha
revela que, em 11 meses, a crise
econômica no Sudeste Asiático já
tirou o emprego de pelo menos 22
milhões de trabalhadores japoneses, chineses, indonésios, sul-coreanos, filipinos, tailandeses e malaios.
Apesar da recessão japonesa, a
segunda maior economia do mundo ainda oferece atrativos a esse
exército de desempregados.
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