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Escolinha de futebol é atingida
da Agência Folha, em Londrina
O empresário londrinense Sérgio Onishi, 40, admite ter cometido um erro de estratégia ao direcionar três de suas atividades para
dekasseguis e japoneses. Com a
crise no Japão, seus negócios
-uma imobiliária, uma agência
de empregos e um clube de futebol- foram diretamente atingidos e Onishi está "trabalhando no
vermelho".
Proprietário do Hyogo Futebol
Clube (time que disputa todas as
categorias amadoras no Estado e
que funciona como uma espécie
de escola), Onishi está tendo que
adiar o sonho de profissionalizar a
equipe.
Por cada atleta japonês que vinha ao Brasil aprender a jogar futebol, o Hyogo recebia R$ 1.100
por mês. Esses atletas eram selecionados entre a classe média japonesa, onde os pais tinham recursos para manter o filho por até
dois anos no Brasil, "pelo sonho
de se tornar jogador profissional".
Há três anos, o Hyogo tinha uma
média anual de 45 "alunos jogadores". No ano passado, já deu
para sentir o "recuo" da classe
média japonesa. Apenas 25 atletas
foram enviados do Japão.
Neste ano, a crise se aprofundou. Só 15 pais mandaram seus filhos para "estudar futebol" no
Hyogo.
Para este ano estava programado
um estágio de um mês, entre agosto e setembro, para 45 atletas. Na
última semana Onishi recebeu a
informação que apenas sete desses
atletas confirmaram a inscrição.
(JM)
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