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Jobim ouve críticas de
empresários à Justiça
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Representantes das principais
entidades empresariais do país
encontraram-se ontem com o
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson
Jobim, e disseram que a lentidão
do Judiciário e a imprevisibilidade das decisões judiciais desestimulam investimentos no país.
Estavam presentes dirigentes de
confederações da indústria, da
agricultura, dos transportes, das
instituições financeiras e do comércio. Eles lembraram que o
próprio Jobim, ao tomar posse na
presidência do STF, há quase dois
meses, criticou essas questões.
"Os países que têm avançado
são aqueles que moldaram instituições para oferecer a empresas e
a agentes econômicos ambiente
de maior segurança, reduzindo o
grau de incertezas", disse o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro (PTB-PE).
"Falamos que uma parcela do
"custo Brasil" passa pela eficiência
do sistema judiciário", afirmou o
empresário Jorge Gerdau.
Monteiro defendeu a redução
do IPI (Imposto sobre Produtos
Importados) sobre bens de capital, dizendo que o excesso de arrecadação da Cofins (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) permite essa medida.
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