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Dólar volta a subir e vai a R$ 1,865; Bolsa cai 0,1%
Moeda americana zera perdas acumuladas no mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar "zerou" a depreciação que registrava no mês. Ontem a moeda americana voltou
a subir, para encerrar o dia negociada a R$ 1,865, em alta de
0,21%. Na semana, o dólar acumula valorização de 1,86%.
Segundo operadores de corretoras, ontem houve venda
mais expressiva de ações por
parte dos estrangeiros na Bolsa
brasileira, o que pressionou as
cotações.
Na máxima do dia, o dólar
chegou a ser cotado a R$ 1,892.
Mesmo assim, o Banco Central
não se ausentou, realizando seu
leilão diário para comprar
moeda estrangeira.
A melhora da Bovespa no fim
da tarde ajudou a tirar um pouco de força do câmbio.
A Bolsa de Valores de São
Paulo encerrou as operações de
ontem com baixa de 0,11%. No
pior momento do dia, marcou
desvalorização de 1,59%.
Essa pressão recente no câmbio tem surpreendido as instituições financeiras, que vinham reduzindo as previsões
para a moeda no fim do ano.
O mais recente relatório Focus apresentado pelo BC na segunda-feira, feito a partir de
consulta a cem instituições financeiras, mostrou a previsão
média de que o dólar esteja a R$
1,85 no fim do ano. Um mês antes, a projeção era de câmbio a
R$ 1,95.
"O saldo comercial brasileiro
tem minguado, o que favorece a
elevação do câmbio. Se não fosse a entrada de capital externo
pelo segmento financeiro, especialmente na Bolsa de Valores, a cotação deveria estar bem
mais alta", afirma João Medeiros, diretor da corretora de
câmbio Pioneer.
Apesar de ontem os estrangeiros terem se desfeito mais
fortemente das ações brasileiras, o saldo das operações do
segmento na Bolsa ainda está
bastante elevado no mês. Até o
dia 24, o balanço dos negócios
feitos pelos estrangeiros estava
positivo em R$ 2,18 bilhões. No
mês de julho, o resultado ficou
R$ 2,21 bilhões no azul.
Ontem a Bovespa viveu alguns momentos de alta, mas
não foi muito longe: subiu
0,19% na máxima do pregão.
No mercado internacional,
os resultados não foram muito
melhores. O índice Dow Jones,
que reúne 30 das ações americanas mais negociadas, fechou
com alta de 0,39%. A Bolsa eletrônica Nasdaq, referência do
setor de alta tecnologia, registrou ganho de 0,16%.
Um dado econômico favorável apresentado nos EUA foi a
queda no número de pedidos
de seguro-desemprego.
O governo americano também apresentou ontem a segunda prévia de seu PIB (Produto Interno Bruto). O número
não trouxe muita surpresa,
com retração de 1% entre abril
e junho, segundo o Departamento do Comércio do país.
Na Europa, o dia foi mais fraco. A Bolsa de Londres marcou
baixa de 0,43%. Em Frankfurt,
o recuo ficou em 0,94%.
Na região, saíram alguns dados fracos, como a queda de
10,4% nos investimentos das
empresas britânicas no segundo trimestre.
Ações fracas
A depreciação de alguns de
seus papéis mais negociados
não permitiu que a Bovespa encerrasse com ganhos. Um dos
principais destaques negativos
de ontem foram as ações da Petrobras. Mesmo com a apreciação do petróleo no mercado internacional, os papéis da maior
empresa do país recuaram. A
ação vendedora dos estrangeiros teria punido a petrolífera,
que é a companhia mais negociada da Bolsa. Os papéis PN da
Petrobras caíram 0,93%, e os
ON recuaram 1,42%.
Quedas também ocorreram
com Itaú Unibanco PN, que
caiu 0,75%, e Vale ON (-0,61%).
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