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MERCADO FINANCEIRO
Com medida da CVM, investidores correram para comprar ações que estavam baratas na Bovespa
Bolsa paulista dispara nos negócios finais
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores correram para a
Bolsa de Valores de São Paulo
após a decisão da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) de
permitir que as empresas diluem
o efeito da desvalorização do real
sobre seus resultados neste ano.
Até às 15h, a Bovespa operava
em baixa. Mas o fluxo de investidores interessados em ações no
fim da tarde fez o Ibovespa -índice que reflete a oscilação dos 57
principais papéis- disparar para
encerrar com valorização de
3,98%.
As mudanças anunciadas pela
CVM aumentam as perspectivas
de que as empresas paguem dividendos mais altos. Com isso, todos tentaram aproveitar os baixos
preços das ações para recompor
suas carteiras.
O movimento tem força para
continuar hoje, pois mesmo com
a alta, a Bolsa ainda acumula perdas de 18,9% neste mês. No ano,
as perdas do mercado acionário
doméstico estão em 31,8%.
Os principais papéis, que sofreram fortes perdas nos últimos
dias, se recuperaram no pregão de
ontem.
As ações preferenciais da Telemar, que movimentaram mais de
15% do volume financeiro do dia,
fecharam com expressiva alta de
6,75%, o que ajudou o Ibovespa a
ganhar fôlego.
Os papéis preferenciais da Petrobras, que tiveram o segundo
maior giro do dia, subiram 3,27%.
Outras ações, que tiveram movimento financeiro menor, encerraram os negócios com valorizações bastante fortes. As ações ordinárias (com direito a voto) da
Light, dispararam 16,6%, seguidas pelos papéis preferenciais da
Globo Cabo, com alta de 15,2%.
Mas também houve papéis que
enceraram o dia com perdas. Foi
o caso das ações ordinárias da Gerasul, com baixa de 3,5%, e dos
papéis preferenciais da Transmissão Paulista, que fecharam com
desvalorização de 3,1%.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), os juros
recuaram. No contrato de prazo
mais curto, o DI (que considera as
taxas interbancárias) de outubro,
a taxa caiu de 19,26% para 19,22%
anuais.
Os investidores terminam hoje
de fazer os ajustes nas projeções
de juros, aproximando-os da
atual Selic (taxa básica) que está
em 19% ao ano.
No DI de janeiro, que concentra
a liquidez, a taxa recuou de
22,83% para 22,04% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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