São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Com medida da CVM, investidores correram para comprar ações que estavam baratas na Bovespa

Bolsa paulista dispara nos negócios finais

DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores correram para a Bolsa de Valores de São Paulo após a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de permitir que as empresas diluem o efeito da desvalorização do real sobre seus resultados neste ano.
Até às 15h, a Bovespa operava em baixa. Mas o fluxo de investidores interessados em ações no fim da tarde fez o Ibovespa -índice que reflete a oscilação dos 57 principais papéis- disparar para encerrar com valorização de 3,98%.
As mudanças anunciadas pela CVM aumentam as perspectivas de que as empresas paguem dividendos mais altos. Com isso, todos tentaram aproveitar os baixos preços das ações para recompor suas carteiras.
O movimento tem força para continuar hoje, pois mesmo com a alta, a Bolsa ainda acumula perdas de 18,9% neste mês. No ano, as perdas do mercado acionário doméstico estão em 31,8%.
Os principais papéis, que sofreram fortes perdas nos últimos dias, se recuperaram no pregão de ontem.
As ações preferenciais da Telemar, que movimentaram mais de 15% do volume financeiro do dia, fecharam com expressiva alta de 6,75%, o que ajudou o Ibovespa a ganhar fôlego.
Os papéis preferenciais da Petrobras, que tiveram o segundo maior giro do dia, subiram 3,27%.
Outras ações, que tiveram movimento financeiro menor, encerraram os negócios com valorizações bastante fortes. As ações ordinárias (com direito a voto) da Light, dispararam 16,6%, seguidas pelos papéis preferenciais da Globo Cabo, com alta de 15,2%.
Mas também houve papéis que enceraram o dia com perdas. Foi o caso das ações ordinárias da Gerasul, com baixa de 3,5%, e dos papéis preferenciais da Transmissão Paulista, que fecharam com desvalorização de 3,1%.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros recuaram. No contrato de prazo mais curto, o DI (que considera as taxas interbancárias) de outubro, a taxa caiu de 19,26% para 19,22% anuais.
Os investidores terminam hoje de fazer os ajustes nas projeções de juros, aproximando-os da atual Selic (taxa básica) que está em 19% ao ano.
No DI de janeiro, que concentra a liquidez, a taxa recuou de 22,83% para 22,04% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Mídia: Folha e "Estado" terão distribuição conjunta
Próximo Texto: Consumo: Vendas a prazo têm o maior recuo do ano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.