São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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INVESTIMENTO

Justiça cassa liminar que parou venda de papéis do Banco do Brasil

Oferta de ações do BB vai até dia 10

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) prorrogou ontem o prazo para a reserva de ações do BB (Banco do Brasil), que venceria amanhã, para 10 de dezembro.
A mudança ocorreu, segundo o banco, por causa da paralisação da oferta, interrompida há cerca de duas semanas devido a uma liminar judicial.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, cassou a liminar que suspendia a venda das ações do Banco do Brasil. A liminar havia sido concedida pela Justiça Federal na semana passada, a pedido da Unamibb (União Nacional dos Acionista Minoritários do Banco do Brasil).
A Unamibb reclama, na Justiça, que teria sido prejudicada por um socorro financeiro dado pelo Tesouro Nacional ao BB, em 1996. Na operação, o BB emitiu aproximadamente R$ 8 bilhões em ações que foram adquiridas pelo Tesouro.
Quem quiser comprar ações do BB tem até o próximo dia 10 para solicitar a reserva do valor que deseja adquirir em ações nas agências dos principais bancos de varejo -Unibanco, Bradesco, Itaú, HSBC, Caixa Econômica Federal e o próprio BB, entre outros.
O preço da ação será fixado com base na parte da oferta destinada aos investidores institucionais. A pessoa física que desejar adquirir os papéis poderá usar dinheiro -com desconto de 5%- ou parte do FGTS -sem desconto.
Foram colocados à venda 17,8% do capital do BB. As ações são de propriedade de União, que mesmo após a oferta manterá o controle acionário da instituição.
A operação tem como objetivo enquadrar o BB nas regras do Novo Mercado da Bovespa, que exige que 25% dos papéis estejam em circulação.
Quem desejar migrar de fundos de ações da Vale do Rio Doce e da Petrobras terá menos tempo para optar. O prazo inicial, que venceria amanhã, não foi alterado.
O gerente de Mercado de Capitais do BB, Márcio Hamilton Ferreira, afirmou que a proximidade com o final do ano não prejudicará a oferta. Isso porque quem já decidiu comprar as ações não vai mudar de idéia, segundo ele. O fato de ser uma oferta "amplamente" de varejo e aberta ao uso do FGTS, afirmou, também ajuda.
Ferreira disse ainda que a demanda pela compra de ações com o FGTS estava "muito forte" antes da paralisação da oferta.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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