São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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PANORÂMICA

TRABALHO

Participação da CUT esvazia encontro da Força Sindical sobre reformas
A reunião que a Força Sindical convocou ontem para discutir propostas de mudanças na estrutura sindical, na Previdência Social e no sistema tributário terminou em um agendão. Isso porque um representante da CUT, chamado na última hora pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), apareceu no encontro. A reunião deveria ocorrer somente entre sindicalistas "mais afinados". Como a CUT defende o fim da contribuição obrigatória e do monopólio sindical, não seria convocada. Mas o "puxão de orelhas" dado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anteontem, em cerca de 650 sindicalistas, pedindo que as centrais deixassem as desavenças de lado, fez com que a CGT mudasse de idéia e convocasse a CUT.
"Nós queríamos primeiro discutir com as lideranças de outras centrais e confederações, porque a CUT já tem propostas em relação a vários temas, inclusive na reforma sindical", disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves.
O presidente da CUT, João Felício, desaprovou a atitude da Força Sindical. "Foi um gesto deselegante da parte deles. Quando se quer unidade, chama-se todos para sentar numa mesa e discutir. Eles [dirigentes da Força] sabiam que a CUT tinha reunião de sua executiva e não poderia participar. Tive de mandar um assessor."
"É importante ter unidade no movimento sindical. Por isso, foi importante a CUT participar", disse o secretário-geral da CGT, Canindé Pegado.
Durante a reunião da Força com sindicalistas da SDS (Social Democracia Sindical), da CGT, da CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores) e de confederações e federações de trabalhadores foi marcada uma plenária nacional do movimento sindical para o dia 10 de dezembro.
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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