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São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

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TROCA NO IMPÉRIO

Snow abdica de US$ 15 mi para assumir

Indicado de Bush para o Tesouro apóia dólar forte e menos impostos


Charles Dharapak/Associated Press
John Snow, indicado para o Tesouro, durante sessão no Senado


DA REDAÇÃO

John Snow, indicado pelo presidente George W. Bush para assumir a Secretaria do Tesouro dos EUA, defendeu a manutenção de uma política de dólar valorizado. As declarações de Snow, que substituirá Paul O'Neill (demitido por Bush no ano passado) no comando da equipe econômica, dão fim ao suspense que envolvia a opinião dele sobre o tema.
"Apóio um dólar forte", afirmou Snow ontem, na Comissão de Finanças do Senado norte-americano. "É do interesse do país ter um dólar forte."
Snow também defendeu a aprovação do controverso pacote de redução de impostos proposto por Bush. "É um investimento no futuro dos americanos", disse.
Indicado no mês passado para assumir a pasta, Snow ainda não havia sido sabatinado pelos senadores. Ele só poderá assumir o cargo depois de ter seu nome aprovado pelo Senado, o que deverá ocorrer ainda nesta semana.
Snow, 63, era, até o ano passado, presidente da CSX Corp., umas das maiores empresas de transporte ferroviário do país. Se for aprovado, terá que vender todas as ações que detém da CSX e de cerca de outras 60 companhias. O dinheiro deverá ser deixado em fundos mútuos de investimento. A fortuna de Snow é estimada em US$ 100 milhões.
Em meio ao clima de caça às bruxas por causa dos escândalos contábeis, o empresário já afirmou que, se aprovado pelos senadores, não se envolverá em nenhuma decisão da CSX e abrirá mão de um pacote de aposentadoria, estimado em US$ 15 milhões, a que teria direito pelos mais de 20 anos que trabalhou como executivo do grupo.
Os senadores quiseram saber por que, no ano passado, Snow vendeu 120 mil ações da CSX antes de a empresa apresentar maus resultados -que se traduziram em desvalorização dos papéis. Ele respondeu que anunciara a venda quatro meses antes da divulgação dos resultados e que não teve informações privilegiadas.


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