São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2004

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43% das indústrias prevêem aumentos

DA REDAÇÃO

O último relatório da Sondagem da Indústria de Transformação, organizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que 43% das empresas indicaram intenção de aumentar os preços no primeiro trimestre. É o maior índice desde janeiro de 2003, quando, no primeiro mês do governo Lula, 50% previam reajuste.
Na última sondagem, que é trimestral, 25% das companhias tinham planos de elevar os preços entre outubro e dezembro.
De acordo com a FGV, a pressão por reajustes indica a possibilidade de ocorrer uma disputa entre a indústria e seus clientes no mercado interno, uma vez que o crescimento da demanda tem sido lento e insuficiente para assimilar grandes aumentos de preços.
As demandas por reajuste são mais fortes nas indústrias dos setores petroquímico, metalúrgico e de matérias plásticas.
Esses são segmentos que estão com níveis elevados de capacidade instalada e cujos preços subiram recentemente influenciados pela alta dos preços de commodities no mercado internacional.
Mas há uma diferença de expectativas em relação aos mercados interno e externo. No primeiro, 42% das empresas prevêem queda da demanda nos três primeiros meses do ano, ante 28% que acreditam que haverá expansão.
Já a expectativa em relação ao mercado externo é a melhor desde outubro de 2002: 45% esperam crescimento, mais que o dobro dos que prevêem redução (21%).
A sondagem foi realizada durante este mês e ouviu 1.146 empresas de 25 Estados do país.
A divulgação da prévia do levantamento, há duas semanas, foi uma das causas para o Banco Central ter mantido a taxa básica de juros em 16,5% ao ano, no dia 20, segundo a Folha apurou. Na ocasião, a sondagem indicou que 39% dos empresários tinham intenção de elevar os preços no primeiro trimestre, o que não agradou ao governo Lula.


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