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43% das indústrias prevêem aumentos
DA REDAÇÃO
O último relatório da Sondagem da Indústria de Transformação, organizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra
que 43% das empresas indicaram
intenção de aumentar os preços
no primeiro trimestre. É o maior
índice desde janeiro de 2003,
quando, no primeiro mês do governo Lula, 50% previam reajuste.
Na última sondagem, que é trimestral, 25% das companhias tinham planos de elevar os preços
entre outubro e dezembro.
De acordo com a FGV, a pressão
por reajustes indica a possibilidade de ocorrer uma disputa entre a
indústria e seus clientes no mercado interno, uma vez que o crescimento da demanda tem sido
lento e insuficiente para assimilar
grandes aumentos de preços.
As demandas por reajuste são
mais fortes nas indústrias dos setores petroquímico, metalúrgico e
de matérias plásticas.
Esses são segmentos que estão
com níveis elevados de capacidade instalada e cujos preços subiram recentemente influenciados
pela alta dos preços de commodities no mercado internacional.
Mas há uma diferença de expectativas em relação aos mercados
interno e externo. No primeiro,
42% das empresas prevêem queda da demanda nos três primeiros
meses do ano, ante 28% que acreditam que haverá expansão.
Já a expectativa em relação ao
mercado externo é a melhor desde outubro de 2002: 45% esperam
crescimento, mais que o dobro
dos que prevêem redução (21%).
A sondagem foi realizada durante este mês e ouviu 1.146 empresas de 25 Estados do país.
A divulgação da prévia do levantamento, há duas semanas, foi
uma das causas para o Banco
Central ter mantido a taxa básica
de juros em 16,5% ao ano, no dia
20, segundo a Folha apurou. Na
ocasião, a sondagem indicou que
39% dos empresários tinham intenção de elevar os preços no primeiro trimestre, o que não agradou ao governo Lula.
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