São Paulo, sábado, 29 de janeiro de 2005

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Impacto para a baixa renda será pequeno, diz Creci

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de segunda-feira, aquele que precisar de um empréstimo imobiliário terá um novo plano de financiamento a disposição. É provável que durante o fim de semana os bancos trabalhem internamente para se adaptarem às regras, anunciadas na quinta-feira.
Subiu de R$ 300 mil para R$ 350 mil o valor máximo do imóvel a ser financiado no SFH. Também aumentou de R$ 150 mil para R$ 245 mil o volume máximo que o banco pode financiar por esse sistema.
Ainda foram alterados os juros. Os bancos privados trabalharão com taxas de 9% a 12%.
Há posições variadas a respeito do possível efeito das medidas. O Creci, sindicato dos corretores de imóveis, acredita que será pequeno o impacto para as camadas de renda mais baixa. Dizem que a opção, nesse caso, das linhas da Caixa Econômica Federal, por meio da liberação do FGTS, podem ainda ser a melhor saída.
Diz ainda que o valor máximo do imóvel a ser financiado (até R$ 350 mil) é um montante baixo para uma cidade como São Paulo, por exemplo, com imóveis com preços mais elevados que a média nacional. Num projeto embrionário, discutido em 2004 pelo setor da construção e bancos, e entregue ao governo, o valor chegava a R$ 450 mil.
Mas o governo considerou que, em termos nacionais, R$ 350 mil seria um valor adequado.
Além disso, segundo esse mesmo projeto inicial, o volume máximo que o banco poderia financiar também era maior. O valor (teto) era de R$ 315 mil. O governo aprovou R$ 245 mil.
"O incentivo tem de ser centrado nas opções de financiamento para a população de menor renda. Ao invés de mexer nesses valores de financiamento, o governo poderia negociar com os bancos a extensão do prazo de pagamento dos imóveis financiados. Esse prazo médio está em dez anos, e é pouco", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci.
Há seis milhões de inquilinos no país. "Existe uma carência habitacional para imóveis de baixo valor. Seria necessário uma ação do governo só para esse público", diz Roberto Capuano, dono de imobiliária. (AM)


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