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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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Forte arrocho não é suficiente para pagar juros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nem mesmo o forte aperto fiscal feito no início deste ano foi suficiente para pagar todo o montante de juros que incidiram sobre a dívida pública entre janeiro e fevereiro. Segundo o BC, esses encargos somaram R$ 32,159 bilhões no período.
Já o superávit primário obtido no primeiro bimestre do ano ficou em R$ 16,084 bilhões -metade dos gastos com juros.
O que está acontecendo, porém, é que nem mesmo o elevado esforço fiscal tem sido suficiente para o pagamento dos juros que incidem sobre o endividamento do governo. Quando isso acontece, o governo é obrigado a tomar novos empréstimos para poder quitar o que não pode ser pago com o dinheiro do superávit.
Corre-se o risco, então, de o governo entrar num círculo vicioso: quanto maior a dívida, mais juros se pagam. E, quanto mais juros se pagam, mais o país se endivida.
Para este ano, a meta é que esse valor chegue a R$ 68 bilhões, ou 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto).


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