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ÁGUIA EMPACADA
Guerra e combustível caro afetam gastos dos norte-americanos
Consumo fica estagnado nos EUA
DA REDAÇÃO
Os gastos das famílias dos Estados Unidos ficou estável pelo segundo mês consecutivo, ao passo
que a confiança do consumidor
recuou para o nível mais baixo
dos últimos dez anos.
Segundo os analistas, são três as
razões principais para os norte-americanos terem fechado a carteira: o receio dos efeitos da guerra no Iraque, o aumento nos preços dos combustíveis e a piora no
mercado de trabalho.
Segundo o Departamento de
Comércio dos EUA, os gastos não
cresceram no mês passado, depois de também terem permanecido estáveis em janeiro. A perda
de ritmo no consumo deverá se
traduzir em um fraco crescimento econômico no primeiro trimestre. Dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) do país são
gerados a partir do consumo.
No mês passado, às vésperas da
guerra, houve um grande reajuste
nos preços dos combustíveis e de
energia. As rigorosas nevascas
que atingiram o país também pesaram. Esse aumento afetou o poder aquisitivo da população.
"Os números mostram como
altos preços de combustíveis atingem o crescimento econômico",
disse Chris Low, economista-chefe da corretora FTN Financial.
Os analistas não esperam que o
PIB cresça no atual trimestre a um
ritmo mais acelerado do que a taxa anualizada de 1,4% registrada
nos três últimos meses do ano
passado. Tal índice é inferior aos
3% considerados necessários para a criação de empregos.
Já o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan recuou pelo terceiro mês
seguido. O indicador caiu neste
mês para 77,6 pontos, o menor nível desde setembro de 1993, ante
79,9 pontos em fevereiro.
O instituto Conference Board já
havia informado, nesta semana,
que seu índice de confiança recuou para 62,5 pontos, também o
nível mais baixo desde 1993,
quando o país ainda vivia os efeitos da recessão que sucedeu a
Guerra do Golfo (1991).
Bolsas e óleo
Os fracos indicadores econômicos atingiram o humor dos investidores, e o índice Dow Jones da
Bolsa de Nova York encerrou o
dia em queda de 0,68%, amargando uma queda de 4,4% no acumulado da semana. No ano, o recuo é
de 2%. A Nasdaq caiu 1,06% no
dia e 3,6% na semana.
"Não há muito o que fazer até
que tenhamos alguma definição
sobre o Iraque, e parece que não
será uma definição rápida", disse
James Volk, diretor da corretora
DA Davidson.
O preço do barril do petróleo
chegou a passar de US$ 31 ontem
na Bolsa Mercantil de Nova York,
o maior valor desde o início da
guerra. Mas a cotação acabou encerrando o dia em ligeira baixa, a
US$ 30,16. Em Londres, o preço
também recuou, para US$ 26,35.
Com agências internacionais
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