São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

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Para governo, saída de Portugal foi "erro"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cotado para assumir o comando da equipe econômica quando se falava na saída de Antonio Palocci Filho do Ministério da Fazenda, o ex-secretário-executivo Murilo Portugal acabou criando um problema dentro do governo ao pedir exoneração do cargo, "em caráter irrevogável".
A avaliação de assessores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi que o pedido de demissão junto a Palocci foi um "erro". Acabou passando a impressão para parte do governo e para o mercado de que poderia haver ruptura com o modelo implementado pelo ex-ministro.
Além disso, sua demissão reforçou as especulações sobre a saída do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e de outras pessoas da equipe. Segundo a Folha apurou, o temor é que isso intensifique as pressões por mais despesas e desgaste o novo ministro, que terá pouco tempo para tratar de liberações de verba por conta da legislação eleitoral.
Por isso, eles defendiam que, à exceção do secretário Joaquim Levy (Tesouro), que tentava deixar o cargo desde 2005, os demais secretários deveriam permanecer.
Mantega disse que conversou com Murilo, mas que, como ele estava decidido a sair, não pediu para ficar. "Ele não tem tanta proximidade comigo. A proximidade era com Palocci", admitiu.


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