|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para governo, saída de Portugal foi "erro"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cotado para assumir o comando da equipe econômica quando
se falava na saída de Antonio Palocci Filho do Ministério da Fazenda, o ex-secretário-executivo
Murilo Portugal acabou criando
um problema dentro do governo
ao pedir exoneração do cargo,
"em caráter irrevogável".
A avaliação de assessores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi que o pedido de demissão junto a Palocci foi um "erro". Acabou passando a impressão para parte do governo e para o
mercado de que poderia haver
ruptura com o modelo implementado pelo ex-ministro.
Além disso, sua demissão reforçou as especulações sobre a saída
do presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, e de outras
pessoas da equipe. Segundo a Folha apurou, o temor é que isso intensifique as pressões por mais
despesas e desgaste o novo ministro, que terá pouco tempo para
tratar de liberações de verba por
conta da legislação eleitoral.
Por isso, eles defendiam que, à
exceção do secretário Joaquim
Levy (Tesouro), que tentava deixar o cargo desde 2005, os demais
secretários deveriam permanecer.
Mantega disse que conversou
com Murilo, mas que, como ele
estava decidido a sair, não pediu
para ficar. "Ele não tem tanta proximidade comigo. A proximidade
era com Palocci", admitiu.
Texto Anterior: Análise: Ministro não dissipa incerteza Próximo Texto: Presidente do IRB pede demissão Índice
|