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Tesouro cancela
leilões de títulos
da semana toda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As incertezas sobre o grau de
nervosismo do mercado financeiro após a saída do ministro
Antonio Palocci Filho (Fazenda) levaram o Tesouro Nacional a cancelar todos os leilões
de títulos públicos marcados
para esta semana. A previsão
era que o governo federal fosse
ontem, amanhã e depois ao
mercado para captar recursos.
Técnicos do Tesouro ouvidos
pela Folha afirmaram que o
anúncio da demissão de Palocci foi feito depois de o mercado
ter fechado suas operações na
segunda-feira e, por esse motivo, não se sabia qual seria a reação dos bancos e grandes investidores à notícia ontem. Foi
considerado mais prudente,
assim, suspender o leilão do
dia. A decisão foi tomada ainda
na segunda.
No final da tarde, o Tesouro
voltou a divulgar comunicado
anunciando o cancelamento
dos leilões de quinta e sexta.
"Todas as indicações são de
tranqüilidade e de manutenção
de rumo. Então não deve haver
motivo de preocupação. Dada
a situação de conforto do Tesouro, como não havia necessidade de fazer [o leilão], era
mais conveniente hoje [ontem]
a gente ter suspenso", disse o
secretário demissionário do
Tesouro, Joaquim Levy.
Pelos cálculos do Tesouro, a
folga de caixa seria suficiente
para garantir o pagamento dos
compromissos que vencem
nos próximos quatro meses,
sem que o governo tivesse que
ir ao mercado.
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