São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

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Tesouro cancela leilões de títulos da semana toda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As incertezas sobre o grau de nervosismo do mercado financeiro após a saída do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) levaram o Tesouro Nacional a cancelar todos os leilões de títulos públicos marcados para esta semana. A previsão era que o governo federal fosse ontem, amanhã e depois ao mercado para captar recursos.
Técnicos do Tesouro ouvidos pela Folha afirmaram que o anúncio da demissão de Palocci foi feito depois de o mercado ter fechado suas operações na segunda-feira e, por esse motivo, não se sabia qual seria a reação dos bancos e grandes investidores à notícia ontem. Foi considerado mais prudente, assim, suspender o leilão do dia. A decisão foi tomada ainda na segunda.
No final da tarde, o Tesouro voltou a divulgar comunicado anunciando o cancelamento dos leilões de quinta e sexta. "Todas as indicações são de tranqüilidade e de manutenção de rumo. Então não deve haver motivo de preocupação. Dada a situação de conforto do Tesouro, como não havia necessidade de fazer [o leilão], era mais conveniente hoje [ontem] a gente ter suspenso", disse o secretário demissionário do Tesouro, Joaquim Levy.
Pelos cálculos do Tesouro, a folga de caixa seria suficiente para garantir o pagamento dos compromissos que vencem nos próximos quatro meses, sem que o governo tivesse que ir ao mercado.


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