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ENERGIA
Privatização deve ocorrer até o final do ano, diz ministro
Tourinho anuncia que Furnas, Chesf e Tucuruí serão vendidas
RICARDO GRINBAUM
de Londres
As empresas de energia elétrica
Furnas, Chesf e Tucuruí serão privatizadas ainda neste ano. De
acordo com o ministro das Minas
e Energia, Rodolpho Tourinho, o
governo já tomou as medidas necessárias para contornar os problemas políticos e financeiros que
impediram a venda das companhias no ano passado.
"Estamos preparando a privatização até o final do ano. Nossa
previsão é vender as empresas
ainda em 2000", disse Tourinho,
que participou ontem, em Londres, de seminário sobre energia
no Brasil, dedicado a empresários
e investidores do Reino Unido.
Para viabilizar a venda de Furnas, o governo está acertando a
cobertura de um rombo no fundo
de pensão dos funcionários da estatal (Fundação Real Grandeza),
que chegou a ser estimado em R$
1,3 bilhão. "Estamos refazendo os
cálculos, mas a dívida foi contraída de maneira legal e Furnas terá
de pagar ao fundo."
Além disso, o governo vai garantir que a venda das empresas
não afetará o uso da água para
abastecimento dos Estados.
Para reforçar a garantia de que o
abastecimento de água dos Estados não será afetado pela privatização, o governo está retirando
do pacote a ser vendido para a iniciativa privada as usinas hidrelétricas de Sobradinho e Itaparica,
que pertencem à Chesf.
A resistência dos Estados da região da Amazônia à venda de Tucuruí está sendo contornada, segundo o ministro, com investimentos que garantam o fornecimento de energia para as áreas
mais pobres mesmo depois da
privatização.
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