São Paulo, sábado, 29 de abril de 2000


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COMÉRCIO
Liminar evita a decretação da falência da rede de lojas
Arapuã consegue na Justiça de SP uma sobrevida de 2 meses

FÁTIMA FERNANDES
da Reportagem Local

A Arapuã conseguiu da Justiça uma sobrevida de dois meses. Ontem, o juiz Egas Galbiatti, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar para evitar a decretação da falência da rede, em concordata há quase dois anos.
A liminar suspende a decisão da juíza Cláudia Longobardi Campanha, da 6ª Vara Cível de São Paulo, que deu prazo até ontem para a empresa pagar a primeira parcela da concordata, de R$ 260 milhões. Se não fosse paga, ela decretaria a falência da rede.
Com a liminar, a empresa ganha mais 60 dias de prazo -período que geralmente demora para o julgamento definitivo do pedido. "Seria absurdo decretar a falência de uma empresa quando a maioria dos credores aceitou participar de um acordo para salvá-la", afirma Sérgio Bermudes, um dos advogados da Arapuã.
A dívida da concordata da Arapuã é de cerca de R$ 600 milhões. Com exceção da Evadin, os outros credores aderiram ao acordo proposto pela empresa, a troca de créditos por debêntures (papéis) resgatáveis em dez anos.
Os credores da Arapuã também pediram à Justiça uma liminar para suspender a decisão da juíza. Eles querem ainda autorização para realizar uma assembléia de credores e poder definir os destinos da Arapuã, mesmo que a Evadin decida não participar.
Para Rubens Romano, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, "a liminar dá tempo para a empresa tentar acordo com o fornecedor que falta e evita demissões".
A Arapuã emprega cerca de 3.000 pessoas atualmente. A expectativa da empresa é faturar R$ 800 milhões neste ano, 23% mais do que no ano passado. Em março, a empresa vendeu 37% mais do que no mesmo mês de 99.


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