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COMÉRCIO
Liminar evita a decretação da falência da rede de lojas
Arapuã consegue na Justiça de SP uma sobrevida de 2 meses
FÁTIMA FERNANDES
da Reportagem Local
A Arapuã conseguiu da Justiça
uma sobrevida de dois meses.
Ontem, o juiz Egas Galbiatti, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar para evitar a decretação da falência da rede, em concordata há
quase dois anos.
A liminar suspende a decisão da
juíza Cláudia Longobardi Campanha, da 6ª Vara Cível de São
Paulo, que deu prazo até ontem
para a empresa pagar a primeira
parcela da concordata, de R$ 260
milhões. Se não fosse paga, ela decretaria a falência da rede.
Com a liminar, a empresa ganha mais 60 dias de prazo -período que geralmente demora para o julgamento definitivo do pedido. "Seria absurdo decretar a falência de uma empresa quando a
maioria dos credores aceitou participar de um acordo para salvá-la", afirma Sérgio Bermudes, um
dos advogados da Arapuã.
A dívida da concordata da Arapuã é de cerca de R$ 600 milhões.
Com exceção da Evadin, os outros credores aderiram ao acordo
proposto pela empresa, a troca de
créditos por debêntures (papéis)
resgatáveis em dez anos.
Os credores da Arapuã também
pediram à Justiça uma liminar para suspender a decisão da juíza.
Eles querem ainda autorização
para realizar uma assembléia de
credores e poder definir os destinos da Arapuã, mesmo que a Evadin decida não participar.
Para Rubens Romano, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, "a liminar dá
tempo para a empresa tentar
acordo com o fornecedor que falta e evita demissões".
A Arapuã emprega cerca de
3.000 pessoas atualmente. A expectativa da empresa é faturar R$
800 milhões neste ano, 23% mais
do que no ano passado. Em março, a empresa vendeu 37% mais
do que no mesmo mês de 99.
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