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EUA pedem "programa sustentável"
DA REDAÇÃO
O coordenador da divisão de
América Latina do Departamento
de Estado norte-americano, Otto
Reich, disse ontem que "o povo
argentino está enfrentando um
desastre econômico sem paralelo
em sua história". Também afirmou que os EUA estão prontos
para ajudar a Argentina a implementar um plano econômico
"sustentável" e pediu ao governo
do país que trabalhe junto com o
FMI (Fundo Monetário Internacional) nesse programa.
A declaração de Reich foi a única manifestação oficial dos EUA
sobre as novas medidas econômicas do país.
No sábado, o ministro Roberto
Lavagna telefonou para o subsecretário do Tesouro dos EUA para
assuntos internacionais, John
Taylor. Lavagna disse a Taylor
que o governo argentino está disposto a cumprir todas as condições necessárias para obter um
acordo com o FMI.
Hoje, Carlos Ruckauf, ministro
das Relações Exteriores da Argentina, encontra-se com os embaixadores dos países do G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha,
França, Inglaterra, Itália e Canadá). Na semana passada, o grupo
respaldou a decisão do FMI que
condiciona a ajuda à Argentina a
um drástico corte nos gastos públicos. Ruckauf deve ainda conversar com representantes diplomáticos dos países do Mercosul,
do México, do Chile e da Bolívia.
Além de Taylor, Lavagna conversou por telefone no sábado
com os ministros brasileiros Pedro Malan (Fazenda) e Celso Lafer (Relações Exteriores).
Lafer disse a Lavagna que o Brasil está disposto a "limpar a mesa", eliminando barreiras comerciais para produtos argentinos.
Do lado argentino, essas barreiras surgiram com mais intensidade na época do ex-ministro Domingo Cavallo. O ministro brasileiro lembrou que muitas das dificuldades entre os dois países
eram decorrentes do regime argentino de câmbio fixo. Ele classificou o novo ministro argentino
de "economista sério".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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