São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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Rejeição de 64% faz PJ "enterrar" eleição antecipada

DE BUENOS AIRES

O presidente Eduardo Duhalde conseguiu contornar, ao menos temporariamente, a pior crise política de sua gestão. No sábado, em reunião da qual participaram governadores e parlamentares de seu partido (o PJ, peronista), da UCR (União Cívica Radical) e da Frepaso, ele recebeu sinais de apoio para continuar no cargo até o final do mandato.
Mesmo a ala dissidente do peronismo, que articulava a antecipação das eleições presidenciais para setembro caso o governo não mostrasse resultados concretos em 90 dias, deu respaldo ao presidente.
A pressão por eleições diminuiu, segundo o jornal "Clarín", após os peronistas terem acesso a uma pesquisa que mostra que 64% dos argentinos não votariam em um candidato do partido.
"Os 14 pontos da carta de intenções que firmamos [com Duhalde] não são para 90 dias, são para até 10 de dezembro de 2003", disse o governador radical Pablo Verani (Rio Negro), arrancando aplausos.
Minutos antes, o novo ministro da Economia, Roberto Lavagna, havia feito um discurso que agradou aos governadores. "As Províncias não são os vilões deste filme. São responsáveis por apenas um terço do déficit. O restante corresponde ao governo federal."
Diante do apoio da maioria a Duhalde, o governador José Manuel de la Sota (Córdoba), apontado como articulador da antecipação das eleições, teria ficado quieto durante a reunião, segundo o jornal "La Nación". Na reunião, ficou acertado que o Congresso aprovará medidas que permitam o fechamento de um acordo com o FMI nos próximos dias. (JS)

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