DA REPORTAGEM LOCAL

A Marcopolo, fabricante de carrocerias para ônibus, é uma das marcas brasileiras mais antigas no exterior. A exportação começou em 61 e, em 91, a companhia montou, em Portugal, a sua primeira fábrica "internacional". Hoje tem unidades em cinco países e está de olho em mais alguns.
O que a Marcopolo fez é o que o Brasil gostaria que outras empresas fizessem: instalar fábricas no exterior para a montagem dos produtos -partes e peças dos produtos devem vir do Brasil para gerar exportações. A Marcopolo exporta por ano cerca de US$ 160 milhões, metade desse valor é destinada às filiais no exterior e 50% aos clientes estrangeiros. Espera-se elevar em 10% as vendas externas em 2002. "Vamos manter a estratégia de levar para as fábricas no exterior as principais peças para montagem das carrocerias. Não faz sentido produzi-las lá fora, a não ser que o dólar continue muito desfavorável às exportações", diz José Rubens de la Rosa, diretor da Marcopolo.
A Tramontina, especializada na produção de talheres e que tem a marca no exterior, optou por centros de distribuição nos EUA e na Alemanha, além de escritórios de vendas na França, México, Chile e Colômbia. "Não temos experiência em operar indústria fora do Brasil, nem planos para isso", diz Clóvis Tramontina, do conselho administrativo do grupo.
A empresa exporta US$ 85 milhões para suas unidades no exterior -cerca de 36% do seu faturamento. Os produtos vão para cerca de cem países. (FF)

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